"Mãe que defendia parto residencial morre após dar à
luz filha em casa”
Uma mãe que era defensora dos partos feitos em casa morreu
após o nascimento de Zahra, sua segunda filha, em Melbourne, na Austrália.
Caroline Lovell tinha 36 anos e estava na companhia de parteiras. Paramédicos
chegaram a ser convocados, mas ao chegarem na casa da australiana já era tarde.
As informações são do jornal britânico "Daily Mail".
Durante a vida, Caroline lutava pelas parteiras e procurou
garantir financiamento e indenizações a elas junto ao governo australiano. Para
um grupo que representa as parteiras em Melbourne, a morte de Caroline foi um
choque, mas um caso raro e que não invalida o parto feito em casa, sem o
auxílio da estrutura de uma maternidade ou hospital.Uma investigação sobre a
morte de Caroline será conduzida na cidade. Pouco antes da morte, ela havia
afirmado que chegaria a fazer um parto sem nenhuma assistência caso as
parteiras não recebessem proteção legal. A australiana acreditava em partos
residenciais pela vantagem de poder conhecer melhor a parteira que irá tirar o
bebê de dentro do ventre.Uma ambulância ainda tentou levá-la para o Hospital
Austin, em Melbourne, mas Caroline morreu no dia seguinte à internação."
Primeiramente fiquei muito triste com a notícia, afinal a
morte de uma mulher de 36 anos é muito triste. Fiquei entristecida pensando
nela e pensando na família, no esposo, nos filhos, principalmente na
recém-nascida, que não vai ter colinho de mãe, mamazinho de mãe, carinho de
mãe... e quando entender o que aconteceu ainda pode se sentir culpada por sua
morte.
Depois comecei a prestar mais atenção na notícia, fui ler o
que as pessoas estavam comentando. Poxa, que texto mal escrito e mal traduzido!
Começa falando que ela morreu logo após o nascimento, que quando os paramédicos
chegaram já era tarde, depois tentaram levá-la para o hospital, e termina
falando que ela morreu só no dia seguinte.
Em seguida veio a indignação... Fazem questão de deixar bem
claro que ela morreu (não se sabe o motivo) por causa do parto domiciliar, e se
fosse num parto cesariano com certeza nem viraria notícia! Duvida?!
Quantas reportagens você leu no ano passado sobre morte de
mulheres em partos? Poucos. Mas você sabia que em 2011 morreram 58.354 mulheres
no parto no BRASIL?
O Brasil não alcançará a meta do milênio para a queda de
mortalidade materna pactuada por 150 países que fazem parte da ONU. Nos últimos
onze anos, quando o mundo viu uma redução anual de 3,6% nesta estatística, no
Brasil o ritmo foi de apenas 0,3%. Se continuar nesse nível, a meta que era
para ser alcançada em 2015 só será alcançada após 2040.
Wang, um dos pesquisadores sobre o assunto apontou dois
motivos para para essas taxas tão baixas de redução da mortalidade materna: A
gripe H1N1, que em 2009 foi responsável pela morte de muitas gestantes, e pela
alta percentagem de mulheres que fazem partos cesarianos, nos quais há maior
risco de complicações que podem levar à morte.
Na saúde suplementar, o índice de cesárias chega a 90% e, no
Sistema Único de Saúde, a 37%. O recomendado pela ONU é de, no máximo, 15%. O
secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde Helvécio Magalhães
contesta o artigo. Nossa expectativa é que, com a Rede Cegonha, a taxa de queda
se acentue, afirma. A cesariana está mais associada a complicações.
Agora sim, tire suas conclusões diante de fatos comprovados,
estudos, pesquisas, índices, e não numa reportagem mal escrita, mal traduzida e
tendenciosa!
Passar bem!
Que absurdo!
ResponderExcluirMas com certeza não foi por que ela pariu em casa, alguma coisa mais grave teve ai.
Beijos
Meninas, nao resta dúvida que um parto em casa é menos seguro... Claro que existem milhares de chances de dar certo, se correr tudo bem. O problema é o "se". Pode não correr tudo bem e aí a melhor coisa é estar pertinho de todos os cuidados. Não podemos descartar completamente o risco.
ResponderExcluirNão é a toa que a Gisele Bundchen teve seu maravilhoso parto natural em casa com um helicóptero UTI pousado no seu prédio, caso precisasse...
Vivi