quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A maternidade e seus dias inTENSOS

Começou às 3h da manhã, quando um gambá resolveu passear aqui em casa. Ficou pendurado no lustre lá de fora, na calha, sobre a grade bem em frente ao canil. Resultado: Tuca e Belinha latindo enlouquecidamente a noite toda. Pedro não chegou a acordar por causa disso, mas acho que acabou ajudando a despertar às 5h e nada de pregar o olho. Ok. Nosso dia começou antes, muito antes que o normal.

Lá pelas 9h, o marido tinha saído e fui fazer o piá dormir. Ouço a vizinhança conversando sobre o gambá lá na rua. Alguém bate palma. Uma, duas, três vezes. Não atendi. Depois de um tempo, bateu palma e chamou meu nome. Piá já dormia. Fui atender e lógico que ele acordou.

Mais tarde o gambá foi embora sozinho. Ufa!

Depois do almoço, conseguimos a tão esperada soneca maior. Mamãe pode descansar um pouco, também. Às 16h, acordamos. Coloco o rapaz na cadeirinha, apronto um lanche e corto uma nectarina, que seria o lanche dele. Estava bonzinho, mas meio sonolento. Fiquei em dúvida se seria o melhor horário para dar comida, já que tinha mamado há pouco. Mas foi assim mesmo. Babador colocado, câmera ligada, no cadeirão, todo fofo.

- Olha Pedro, essa é a nectarina!

Me olhou, olhou a fruta e fez essa cara:


Pois é. O coco que estava guardado há três dias resolveu sair bem na hora da refeição. Você já comeu sentado no vaso sanitário? Acho que não rola, né?! Enfim...

- Que bom que o coco saiu meu amor! Mamãe só vai terminar de comer e já troca. Enquanto isso, come um pouquinho da nectarina.

Comeu nada. Brincou de carrinho com ela na bandeja, jogou no chão, dei outro pedaço, lambeu, até quase se interessou. Mas acho que comer cagado não é legal, né?! Quando já estava terminando (eu), alguém bate lá na frente. Junto as coisas na mesa rapidinho, senão ao voltar teria uns gatos fazendo a festa.

- Afff, o moço da rede, que pedi para passar à tarde!

Peguei o Pedro no colo com o maior cuidado de não apertar muito.

- Oi moço! Obrigada por voltar, mas é que não consegui sair pra sacar e dinheiro e estou sem um real em casa, agora. Sabe como é, com neném em casa a gente fica meio emperrada, né?!

Ele foi muito gentil. Mas muito mesmo. Super compreensivo. Fiquei até impressionada. Quando coloquei o rapaz no trocador, entendi. Olha só:


Pois é. O vendedor viu que ele tava cagado. Eu não. Beleza, vamos limpar. Algodão, água, algodão, água, algodão, água, algodão, água, algodão, água, algodão, água. Jesus! Tem piscina de coco no umbigo!

- Pedro, tira a mão do cocô! Não, afff você sujou mais ainda.

Lenço umedecido, algodão, cuidado pra tirar o body, rapaz que senta no trocador e se curva pra ver o que tem no chão, quase caindo. Ufa! Acho que está limpo. Hum... sem roupa para troca. Ah! Vai essa mesmo. Comprei ontem e nem lavei ainda, mas está limpinha.

16h30.

- Vem Pedro, fica na cadeirinha que agora nós vamos sair. Mamãe precisa ir ao Correio, mas antes tem que ir embalar a caixa. Mas antes tem que ir sacar dinheiro. Vai ser tranquilo. Tem um caixa eletrônico ali perto.

Fomos. Por que sempre tem vaga de estacionamento só do outro lado da rua? Ah! Aqui tem uma. Embicadinha. Ótimo! Idoso. Deficiente físico. Podia ter vaga para mãe. Hum, esqueci a sacola de lona para ir à frutaria. Vou ficar em débito com o meio ambiente. Melhor nem falar nisso, porque acabei de vender as fraldas de pano do Pedro. Inclusive são elas que precisam ser postadas para a compradora lá em Curitiba. Tá. Vamos estacionar do outro lado. Ai! Essa rua não vira.

Espero que tenha dinheiro no caixa eletrônico.

Ai Murphy! Se eu te pego...

Sai daqui Michel Teló! Fica longe da gente, seu indecente!

Ok. Sem dinheiro no caixa eletrônico. Piá no sling, caixa enorme embaixo do braço, vamos descer uma quadra até a papelaria para embalar. Tomara que aceitem cartão.

- Ai que bonitinho! Ué! Mas não fica apertado assim?


Sem tempo e paciência para comentários sem noção.

Claro que não aceitam cartão. Claro que continuava sem um real no bolso. Vamos voltar até o carro. Mais uma quadra e meia com o piá no sling e caixona embaixo do braço. Quem sabe dá tempo de passar lá na mãe, embalar e voltar aqui? Horário de atendimento até às 17h. Agora são 17h55. O moço já está na porta só esperando dar o tempo. Esquece! Fica para amanhã!

Chegando no carro, um antigo colega e trabalho chega para conversar. Mentalmente me visualizo e tipo assim, sempre tentei trabalhar meio arrumada, com o mínimo de maquiagem, com uma roupa alinhada e talz. Pois bem. Virei mãe em tempo integral... cabeço esbagaçado, olheiras de quem acordou às 5h, blusa cheia de bolinha mas é a única que não marca o puerpério abdominal que nos resta... Não é a situação mais esteticamente favorável. Mas enfim...

- E aí? Vai voltar [para o jornalismo] quando?

Eita pergunta difícil para quem deixou o mercado de trabalho para se dedicar “só” ao filho... Um dia! Meu chefe agora é muito exigente, apesar de ter só 70cm de altura.

Bora pra frutaria!

Tio, perae que to com pressa e a preferencial é minha! Tia, parei na faixa, mas não foi pra você ficar desfilando essa pança em câmera lenta!

Muitos legumes e frutas. Quem vê pensa que o Pedro está comendo um brócolis por dia. Enfim... a esperança é a última que morre, de mãe, então...

Ei tio! Que feio comendo uva direto da gôndola! Menina para e mexe com o Pedro que está no sling. Chuta que ele tem 6 meses. Acertou! Ufa! Alguém acertou finalmente! Sorrio para ela. Brincou e agradou o filho, vira amiga da mamãe =]

Compras no carro, bora pra casa da mãe, ou vó. Enfim, minha mãe e vó dele. Oizinho básico pra vó, conversinha com o tio, tentativa de pegar todos os penduricalhos da cozinha. Vamos embora. O dia hoje já deu o que tinha que dar!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Fotos das nossas slingadas - Semana Internacional do Babywearing 2012

 Até então não tinha sentido saudade de barriga ou dele menorzinho, mas ao ver esta foto, bateu uma saudade imensa de quando ele era petitico e cabia assim.

Essa foi nossa primeira vez, com seis dias de vida. Mais para treinar e aproveitar uns rainhos de sol logo cedo.

Por muito tempo, ele chegava dormindo no mercado e ficava assim enquanto estivesse andando. Só acordava no caixa, porque acabava o balanço. Hoje vai acordadão full time, querendo pegar tudo.  Na foto, tem dois meses. 


Quando tinha três meses, fomos num almoço no parque de exposições, com muita gente, muita bagunça e um friozinho, apesar do sol. O sling foi muito prático, porque nos deu mobilidade e deixou o rapaz quentinho. Na foto, ele está dormindo por isso quase não aparece.

Com quatro meses, no Cinematerna. Acho que foi uma das últimas vezes que as perninhas dele ficaram dentro da volta.

Com cinco meses, fomos a um show da Galinha Pintadinha (bem ruim, por sinal). Bagunça, criançada enlouquecida e uma estrutura que não nos permitia ver o palco direito. Foi para o sling e ficamos bem do ladinho do palco. Aproveitava para cantar as músicas e dançar com ele, que acompanhou tudo com essa cara de "O que minha mãe tem na cabeça de me trazer num lugar desses? Mas pelo menos o colinho está bom!".

 Mais recente, de semana passada, com seis meses. Fizemos curso de batismo, duração de 1h30, à noite, depois do horário de dormir. Ao invés de deixar o baby super irritado de ficar sentado, simplesmente foi pro sling e ficamos andando pela sala. Depois de um tempo, curtiu maior sono.

Passeiozinho no shopping.

A missão agora é convencer o pai a slingar =)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nós e o sling - Semana Internacional do Babywearing 2012


De 8 a 14 de outubro é celebrada a Semana Internacional do Babywearing. Nós super estamos nessa!

Ainda na gestação, comprei um de argola e um wrap. O primeiro foi usado unicamente quando saímos da maternidade. O hospital era um labirinto (claro que me perdi) e foi muito mais confortável carregar o pequeno assim. Tentei usar outras vezes, mas descobri que é um modelo menor que o normal, logo foi aposentado.

O wrap é um sucesso! Usamos pela primeira vez na primeira semana em casa, para o banho de sol. Na semana seguinte, neném no sling para mamãe dar uma voltinha na quadra. Foi pouca coisa, mas significou muito para quem não andava assim há meses. Fez bem para os dois.

Com três semanas, fomos ao mercado. Um sucesso! "ai que bonitinho!" "que nem indiozinho!" "onde estão as perninhas?". No começo é assim mesmo. O mercado deve ser o lugar que mais slingamos. Usar aqueles bebês conforto acoplados no carrinho é péssimo. Além de não serem muito higiênicos, se você sai de perto do carrinho, o baby fica lá. Acho meio estranho.

Quando vamos a algum lugar pela primeira vez, me sinto um e.t., já que só conheço mais uma mãe que usa o wrap na cidade.

Claro que teve uma época que o Pedro não gostou muito de ficar amarradinho. Acho que foi lá pelo segundo mês. Mas durou pouco tempo. Hoje fica super quietinho enquanto passo pelas alças e curte o passeio batendo as perninhas. 

Sling pra mim é sinônimo de mobilidade e independência! Teve uma tarde que precisava ir a dois bancos e à farmácia. Ou deixaria o Pedro com alguém, ou usaria o carrinho que é sempre trambolhoso ou slingaríamos. Carregar nos braços não chega a ser uma opção, já que o rapaz nunca foi um "bebezINHO"... Foi ótimo! Ele adorou o passeio e curtiu uma mega fila quietinho, entretido com aquele lugar diferente.

Mais recentemente fomos ao chá de cozinha da minha prima. Foi tenso porque passou do horário que ele costuma dormir, o que me dá super pena. Mas quando começou a ficar com sono, foi pro sling e capotou. Engraçado que uma das recomendações para a amamentação é o contato pele a pele e quando carrego ele por mais tempo, se estou com uma blusa mais aberta, sinto logo o peito encher. Interessante né?!

Além disso tudo, os braços agradecem demais e o Pedro também, que fica coladinho na mamãe de uma forma super confortável. Acabamos utilizando a posição básica, que é que o bebê fica de frente para a mãe, é a que mais gosto porque dá para ficar de olho no baby o tempo todo.

Quer um conselho? Vá de sling!

O nosso wrap é da Sun Kepina

Para quem é do Paraná, tem o Slinguru que é de Londrina.

Mais informações sobre a Semana Internacional do Babywearing 2012.