sábado, 28 de abril de 2012

Um mês de Pedro


Trinta e um dias de Pedro em nossas vidas. Clichê dizer que parece que foi ontem que ele chegou. Nos pegou de surpresa com seu apetite, nos deixou felizes por ser um menino bonzinho. Não é chegado a grandes berreiros. Reclama só quando precisa mesmo, como estômago vazio precisando ser preenchido JÁ.

Também fomos surpreendidos pelo rápido crescimento. Em trinta dias, mais de 5cm e já pesa quase um saco de arroz! De acordo com o Babycenter, ao final da quarta semana, já poderia levantar a cabecinha, assim como vira-la de um lado para o outro. Desculpaê, mas nosso pimpolho faz isso desde que saiu da maternidade. Já teve a fase que colocávamos no berço de barriga para cima e virava todo o corpinho de lado. Pois é... ele escolhe a melhor posição para dormir! Não que outros bebês não evoluam assim, mas é o nosso primeirinho, será sempre uma surpresa!

Nos deixa muito felizes com lindos sorrisos desdentados enquanto fazemos gracinhas. Mamãe fica fazendo altas caretas e bem que rola uma comunicação. Tem também o idioma, o Pedrês. Angu, aaaaaaauuuuuuu, ãaaaaaaa e outras expressões muito importantes que devem significar alguma coisa. Até agora a gente só sabe que o choro seguido de e-hê é fominha =)

Feliz mesversário, filho!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Os bichanos e o bebê

Cleozinha dando uma conferida no rapaz

Daí que todo mundo pergunta: “E os gatos, como reagiram à chegada do bebê?”. Daí que respondemos: muito bem, obrigada.

Como passamos cinco dias fora quando tivemos que ir à maternidade, várias pessoas passaram pela nossa casa para colocar água a comida para eles. Quando chegamos, estavam numa carência só. Assim que o Pedro chorou pela primeira vez, ficaram perdidos tentando entender que barulho era aquele e de onde vinha.

Passado o primeiro susto, a Cléo nem dá muita bola pro neném. No máximo dá uma cheiradinha nele quando o coloco na cama. A Mel não quer nem saber. Tendo uma mão para fazer carinho nela, beleza! O Léo ficou assustado no início, pede um carinho e se enrosca nas minhas pernas quando ando com o Pedro no colo. A Fiona foi a que ficou mais chocada. Apareceu em casa dois dias depois que chegamos e quando ouviu o berreiro, arregalou os olhos e me fitava como quem diz “Que barulho é esse?”. Ela é bem expressiva e foi bem engraçado.

Mas não, ninguém pulou na cabeça do Pedro para arrancar os olhos dele, nem fizeram tocaia no berço para arranhá-lo. O negócio é lembrar que todo mundo quer [e merece] atenção. Um bom afago nas costas já resolve bastante coisa =)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A dita cuja

Esta semana a famosa cólica bateu, dando trabalho extra. Estamos tratando com homeopatia.
Em breve voltaremos à programação normal.

sábado, 14 de abril de 2012

Ma-má

Dia desses (antes de 28 de março), questionava a capacidade das mães de “entuxar” comida nas pessoas. Sim, porque a minha mãe e a minha sogra acham que trabalham para o Programa Fome Zero e precisam abastecer o mundo com muita energia, carboidrato, fibras e proteínas! Chega a ser engraçado.

Daí que virei mãe também, neh?! E acho que entendi o início de tudo: a amamentação.

Mensalmente você vai na pediatra para ouvir o que? Cresceu tanto, ganhou tanto de peso. Tem coisa melhor que saber que tudo o que o seu filho precisa de alimento é produzido por você, naturalmente, sem conservantes, feito na hora, na medida certa e já vem com um monte de vacinas? Gente, é bom demais!

Daí, durante a gravidez, a pessoa busca informações sobre amamentação e descobre a livre demanda que é lindo e perfeito: deixa ele mamar o quanto e quando ele quiser. Daí você descobre que o início da mamada é basicamente água, para hidratar e o que nutre é o final do leite, por isso que é importante oferecer os dois seios.

Ah minha filha, mas o que não te contaram é que para amamentar você precisa estar acordada! Ou seja, diga adeus a noites dormidas inteiras. E se o seu neném for um tourinho como o nosso, vai ficar ali, se nutrindo por 1h30 ou 2h durante a madrugada, a cada 2h, no máximo 2h30. Como você fica nessa história? Com olheiras, ué! Durante o dia é a mesma coisa. Você pode até ser muito foda e conseguir amamentar com o wrap sling (o que ainda não tive coragem de tentar, sou uma slingueira iniciante), daí fica com as mãos livres para fazer outras coisas. Mas por aqui, o dia é mamadas, mamadas e mais mamadas. Quero acreditar que UM DIA vou conseguir cozinhar e fazer outras coisas... um dia! A parte interessante é que você pode descobrir que tem um galo na vizinhança que canta a partir das 3h ou alucinar que está amamentando, quando está só segurando uma almofada e o neném chora ao lado.

Não, não estou dizendo que acho ruim amamentar e nem quero que o Pedro mame menos. Quero só me adaptar a essa nova realidade.

Sabe outra coisa que não tinham me contado? Amamentar esssssssssquentaaaaa. Parece que você está numa sauna louca! E a sede? Se na gravidez tomava litros de água sem nem sentir sede, só pela necessidade, agora é sede 24h. Parece que peregrinei no deserto por uns três meses. E o suor também muda, viu?! Sei lá, fica diferente.

Ainda no berçário, chupando a mãozinha, com a maior fome

Tivemos só um sustinho que foi no segundo dia em casa, quando fui dormir me sentindo bem mal, com calafrios, sensação de gripe braba. Daí lembrei que a pediatra do berçário comentou sobre o ingurgitamento que poderia acontecer quando fosse para casa. Como o Pedro mamava a cada hora nos últimos dias de hospital, graças ao banho de luz, a produção estava lá em cima. Quando o ritmo voltou ao normal, tinha leite demais para neném de menos. O resultado foi peito bem dolorido. Mas concentrei a mamada no que incomodava e no dia seguinte já não tinha mais nada.

Mas encho a boca pra dizer que desde a primeira vez que chegou perto do peito, quando voltei da anestesia, o Pedro pegou certinho, mamou forte e ainda o faz. Ele nasceu na quarta e no domingo demos adeus ao colostro ;) Essa força que de vez em quando dá trabalho. Tem hora que briga com o seio, dá bicadas tipo pica pau, empurra com as mãozinhas, chuta a barriga da mãe (bem onde estão os pontos, olha que coisa boa!), tudo porque é muito afoito. Só que a criatura vai com tanta sede ao pote que nessas horas acaba engolindo ar. Resultado? Trabalho para expelir depois. Quando arrota, beleza. E tem hora que são umas quatro vezes por mamada. Mas quando sai por baixo dá um trabalhinho. Não estou falando daquelas cólicas clássicas, mas ele se contorce um pouco. Quando sai, fica tudo azul, ou melhor, mostarda =)

Primeira mamadinha com direito a rostinho tão afundado no peito que quase não respirava

Por último e não menos importante: quer ajudar uma mãe que amamenta?
Então ofereça a ela um cantinho confortável, com apoio para os braços, com tranquilidade de sobra e um copo d`água.
Por favor, não fique dando pitacos desnecessários como "Nossa! Ainda?!" "Ah! Mas ele está só brincando!" "Desse jeito vai engordar demais" "Credo! Mas é esganado, neh?!".
E lembre que seio que amamenta é que nem barriga de grávida: tem um neném fazendo uso, mas continua sendo a parte do corpo da pessoa, então faz o favor de não ficar encarando. O nome disso é falta de educação.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Primeiro banho de balde

Já que o filhote resolveu que vai passar a manhã toda acordadinho, resolvi achar o que fazermos. Depois de uma senhora troca de fralda, ganhou massagem com óleo de semente de uva por todo o corpinho. Um dia vamos evoluir na escala Shantala, mas por enquanto foi no trocador, mesmo.

Ele adorou a que massageasse os bracinhos, apertava bem os dedos nos meus e curtia os movimentos no barrigão. Sempre com uma fraldinha sobre a pistolinha, porque os banhos de xixi são muito mais freqüentes do que imaginava...

Terminada a sessão de relaxamento a seco, fomos para o banho de balde.

Água a 37 graus, neném direto no balde. Nem precisou de fraldinha. Pensa num rapaz faceiro! Mamãe precisa dar um jeito de aprimorar como segurar a cabecinha dele, porque só pelo queixo fica solto demais e pelos ombrinhos, como fiz, ficou meio estranho. Mas ele não estava nem aí. Perninhas de sapinho, de vez em quando dava uns pulinhos e adorava quando ia água na boca. Sim! A criatura queria tomar a água do banho. Posso com isso?!?!??

Ficamos ali uns 10 minutos, enrolei na toalha e fomos tomar banho de sol, só de fralda. Mas depois de massagem e banho o que falta? É. Mamá. Então mamou no sol mesmo durante um tempo, saímos, vestimos uma roupinha e terminou de mamar no sofá.

Acho que a nova atividade está aprovada, porque já está no berço sonhando há pelo menos 30 minutos, largadão. Amanhã tem mais!

* este foi o segundo banho de balde, aos 15 dias. O primeiro foi dado no berçário, logo após o nascimento, pela enfermeira.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Mãe de merda feelings

Não gostou do nome? Pode ser blues puerperal, também. Mas é que esse nominho chique, com ares gringos não dá idéia do que está por vir. O negócio é que não bastassem todos os altos e baixos hormonais da gestação, depois que o neném sai, o bicho ainda pega nervoso.

É uma melancolia que pode durar alguns dias ou semanas. Não confunda com depressão por-parto, que é oooooooooutra coisa.

Por aqui o negócio bateu ainda no hospital. No primeiro dia. Via todo mundo pegando o nosso filho no colo, o pai levando para trocar fralda, acolhendo quando ele sofria para expelir o mecônio (capítulo à parte) e o que eu podia fazer? Ficar deitada, porque estava com a barriga costurada. Acho que aqui entrou um pouco da dor psicológica que falei da recuperação da cesárea.

Daí viemos para casa e as duas primeiras noites foram especialmente complicadas. O neném que no hospital ficava no bercinho numa boa, aqui parecia estar deitado sobre espinhos. Mamava, dormia, colocava lá e nada. Choro, muito choro, não sabia o que fazer. Ai que vontade de morrer! Pior é que até essa vontade era pela metade, porque quando você está por sua conta e risco, quase tudo bem pensar isso, mas quando você tem um serzinho que depende da sua vida, não dá. Daí a sensação era pior ainda. De dia não melhorava muito e ainda juntava com o cansaço master da noite mal dormida. Impotência era o que sentia, junto com desespero.

Mas aí é que tá. Sabe TPM, quando você enlouquece, mas sabe que aquilo vai passar, que não está no seu estado normal? Então, por mais que desse uma crisesinha de choro (e o marido pacientemente ampara nessas horas), sabendo que é momentâneo, melhora.

E outra: a humanidade está aí tendo filhos há tanto tempo e aparentemente as mães sobrevivem. Então tem que dar certo, neh?!

Ainda bem que hoje em dia tem pré-natal, Babycenter Brasil e Google. Tenho dó das mães de antigamente que não tinham toda essa informação. Quando você sente alguma coisa ruim, mas sabe que vai passar e sabe o motivo, é suportável.

E agora? Como estamos? Olha, já se passaram mais de 10 dias, o neném me acorda à noite a cada 2h30 ou 3h para mamar, o cansaço ainda existe, mas estamos entendendo ele e ele nos entendendo também. Melhorou muito, mas muito mesmo e acho que a tendência é simplesmente sumir e justamente esse cansaço acaba fazendo com que, no final, a gente lembre de pouca coisa ruim, só enxergue um serzinho fofo que merece cada minuto que a gente pode dedicar a ele.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Menos um cordão

Pedro está virando um homenzinho. Hoje, no alto dos seus 14 dias de vida, perdeu o que sobrava do cordão umbilical, que foi “tratado” só com cotonete e álcool 70, sem faixa, sem moeda e sem mandinga. No lugar ficou um lindo buraquinho, comportado e semi-redondo.
Deu tudo certo =)

Tchau pedacinho do Pedro que alimentou nosso pequeno por meses tão importantes!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Recuperação da cesárea

Há um tempo procurei informações reais sobre recuperação da cesárea. Reais porque o que achei foi “é tranquila”  “dói um pouco”... queria mais. Por isso vou falar da minha experiência.

A anestesia usada foi a raqui. No centro cirúrgico perguntei ao anestesista como era a recuperação, o que podia e o que não podia fazer, porque sempre ouvi horrores da bendita. Ele falou que hoje em dia é mais tranqüilo, que não tem mais essa história de não poder levantar a cabeça. Tipo, não dá pra ficar em pé, pulando num pé só, mas dá pra levantar um pouquinho, colocar um travesseiro e talz. Beleza.

Picadinha para anestesia local. Picadinha para a aplicação da anestesia. Você não sente dor, mas sente uma leve pressão e a impressão é que a agulha tem 70cm. Daí vai liberando o medicamento e fica tudo azul.

Obviamente o procedimento em si não dá pra ver. Um pano fica bem próximo ao rosto. Mas desculpaê, não quero ver minha barriga arreganhada tão cedo. Para abrir e tirar o neném foi rápido. Não sei dizer quanto. Para fechar demora mais um pouco, mas nada demais, também.

Fui direto para o quarto para a recuperação, de camisola sexy. Meio que cochilei nas próximas duas horas. Claro que tentei mexer os pés antes disso. Claro que não consegui. Sei lá de onde para baixo estava insensível. Depois dessas duas horas, pernas mexendo, mexi a cabeça de um lado para o outro. Já pode trazer o neném? Sim. Marido veio com ele do berçário. Virei o corpo de lado com um certo medo. Aí é que tá. Não sei até onde a dor é física ou psicológica. Tinha medo de me mexer e encontrar todos os meus órgãos sobre a cama, em seguida. Mas deu para me virar numa boa, devagarzinho. Pedro mamou de ladinho e deitado na maior felicidade. Também passei a usar travesseiro depois disso.

Daí em diante tudo foi acontecendo aos poucos. Perto da hora do almoço fui tomar banho (sentada). Bainho bem de gato, mas tudo bem. Tive que voltar meio rápido para a cama, porque veio uma ânsia danada. Mas foi deitar e passou. Mais tarde o médico veio ver se estava tudo bem e aconselhou que andasse devido aos gases. Gente, quanto ar! O neném saiu, mas fica uma barriga de uns 6 meses. Ok, tem o útero que ainda não diminuiu e os outros órgãos que estão voltando no lugar, mas é muito vento! Ainda assim, me recusei a andar no primeiro dia. Só fui até o banheiro para um xixizinho básico, que também foi estranho. Depois de tanto tempo com xixi à prestação, você ter espaço na bexiga para um tanto maior... nossa! Alívio! Daí quando acabou, deu uma dorzinha por dentro. Acho que é a reorganização.

Quando levantava, não sentia que a barriga ir cair ou outras sensações que ouvi. Era normal. Só tinha medo de abrir tudo e era sempre muuuuuito lento para não dar problema. Acho que até o quinto dia, às vezes, precisava de uma ajudinha para sair da cama, na hora de levantar o tronco.

No segundo dia, andei bem mais. Ereta! Fui até o berçário acompanhar banho e troca de fralda... só evitava andar com ele no colo e andar assim. Mas no quinto, quando saímos do hospital, já fazia tudo isso. O peso do neném não incomoda.

E o inchaço nos pés? Geeeeeeeeeeeente!!! Apareceu só no segundo dia, mas minhas pernas e pés ficaram imeeeeeeeeeeensos. Diz que dão três litros de soro para a anestesia não dar dor de cabeça e o corpo demora um pouco para expelir. O meu levou uma semana para voltar ao normal.

Ainda não contei, mas tem um personagem importante da recuperação: o absorvente de elefanta! Na verdade é pós-cirúrgico, mas o negócio é grande, mesmo! Nos dois primeiros dias, o sangramento foi um pouco maior e teve que ser ele, depois o noturno dava conta. Segundo o médico, pelos próximos quarenta dias vai rolar uma quase-menstruação. Mas vai diminuindo... É engraçado, porque bem enquanto amamento, sinto o útero contrair e o sanguinho descer. Tá, o relato está ficando detalhado pra xuxu.

Também não dá para deixar de falar dos medicamentos. Anti-mil-coisas. Nunca tomei tanto laxante na minha vida. Estava bem tranquila quanto ao funcionamento do intestino, mas parece que era questão de honra para a equipe do hospital, ehehehehe mil doses de luftal e um negócio oleoso, doce e com gosto de abacaxi. Funcionou. E é preciso dar o braço a torcer: com o abdome costurado você fica meio assim de fazer força. Uma ajudinha é bem vinda.

E a barriga? Hoje, no 13 dia, está quase normal. Ou normal mesmo, já que nunca tive um abdome tanquinho, heeheheh Não usei cinta ou faixa. Não senti necessidade.

Os pontos não vi, nem ouvi falar. Usaram a linha que é absorvida pelo organismo e segundo o GO, fizeram pontos internos. Daí pergunto: como que fecham por dentro um negócio que é externo? Sei lá, nem vou atrás de saber, porque essas coisas me dão arrepio. A cicatriz até olhei no espelho, mas não deu pra ver nada. Acho que é discreta, mesmo.

Ah! Já lavei o cabelo trocentas vezes, molhei os pés, lavei louça, comi carne suína e de peixe e to viva, te juro!

Resumindo: não é um bicho de sete cabeças. Você sobrevive, mas tem os cuidados normais de uma cirurgia, neh?!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Primeira consulta do chuchuzinho

Pedro foi à primeira consulta na pediatra. Escolhemos uma profissional que já atende algumas crianças da família e gostamos. Carinhosa sem ser melosa e prática sem ser grossa.

Sinceramente, não sei muito o que esperar de um profissional que vai cuidar da saúda do nosso pimpolho. Gostaria apenas que não enfiasse um monte de remédio no coitado, quando aparecesse alguma coisa. Fora isso, ainda estou meio perdida. No final da consulta até perguntei se tem alguma coisa para a gente prestar mais atenção, porque não temos muita noção... Ela disse que está ótimo. Somos pais tranqüilos =)

Mas como não sermos tranqüilos? Só tinha a falar que o rapaz mama que é uma coisa e que desde sexta-feira começou a dar leves vomitadinhas de vez em quando. Às vezes só leite, às vezes, leitinho coalhado. É pouca coisa e tem situações que provocam mais, como mamar e ir trocar fralda (é meio óbvio, mas ele faz o serviço sujo bem durante a mamada), mamar e ter soluço (ele ainda soluça bastantinho) e ficar balançando ele, lógico que depois da mamada. Ela orientou a mante-lo o quietinho depois da mamada, mas não com o corpo em 90 graus, porque ainda força o estômago. Tem que ser sempre com a cabeça levantada e semi-deitado. Tem o problema do refluxo, mas também pode ser simplesmente porque tem uma válvula do estômago que ainda não fecha e deixa o líquido subir. Ok.

Fora isso descobrimos que ainda estamos sem noção para temperatura. Eu sempre quero pôr roupa de menos e o pai, roupa de mais. Um dia a gente acerta, eheheheh

E os dados? Bem, passaram-se 12 dias do nascimento. De 50cm passou a 52,5cm e de 3.940kg que saiu do hospital, está com 4.380kg. Achei que cresceu bastante. É assim mesmo?

No mais é isso, só leite e amor!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Relato de nascimento do Pedro

[ATUALIZAÇÃO]: antes de ler este post, esteja ciente das Considerações sobre o nascimento do Pedro. Saiba que foi uma desnecesárea e não deve servir de exemplo se você busca um atendimento humanizado. Fomos vítimas do sistema obstétrico brasileiro. Por favor, não entre para este grupo, também!!

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Esperei alguns dias para escrever esse relato. Uma que acostumar com uma rotina bem louca exige dedicação, outra que ainda estou lidando com alguns sentimentos que não sei bem explicar.
O texto ficou grande. Não teria como ser diferente.
Nosso parto começou no dia 26/03, quando o GO fez uma pressão danada dizendo que esperaria só até 41 semanas e meia e não 42. A data prevista era 25/03 e até então, nenhuma novidade além dos 2cm de dilatação por algumas semanas.
Cheguei da consulta levemente desesperada. PRECISAVA entrar em trabalho de parto. Isso era realmente muito importante para mim. Aí acionei a nossa doula-consultora, Patrícia Merlin, o Google, os oráculos, todos os santos... torcendo para algum indutor natural fazer efeito. O dia passou e fomos dormir. Lá pela madrugada do dia 27/03, senti uma vontadinha de fazer xixi. Deu preguiça e resolvi deixar “juntar” um pouco mais. Dali um tempo, sabe quando você sonha que está fazendo xixi, daí sai um pouquinho e você dá aquela segurada? Aconteceu bem isso. Saí correndo para o banheiro, porque dormir em colchão mijado não é legal... Foram só alguns passos e na privada, constatei que tinha escorrido um pouco pela perna, pingou de leve no chão e não era amarelo. Era meio rosadinho. Veio o estalo: a bolsa! Nunca antes na história deste país uma pessoa ficou tão feliz por ter semi-feito xixi na calça! Era um alívio de saber que o nosso filho estava perto, de saber que respeitaríamos o tempo dele.
Chamei o marido [umas cinco vezes] de forma não desesperada, ele veio todo perdido e falou o horário: 5h50. Muita coisa iria acontecer,ainda. Lembrei dos encontros do Gesta Maringá: se a bolsa estourar e o líquido estiver bom, tome muita água e vá tocar a vida. Voltei pra a cama e fiz de conta que dormi.
Liguei para a Patrícia mais tarde para confirmar as recomendações. Só ela e o Marcus ficaram sabendo. Não havia motivo para alertar todo mundo. O dia seguiu normalmente. A sensação de “vazar” é engraçada. Saía sempre um pouco quando ia levantar da cama...
13h30 veio a primeira contração. Leve, altamente suportável e muitíssimo esperada. A partir daí era sempre uma por hora: 14h10, 15h10... Lá pelas 18h30 fomos visitar uma amiga que tinha ganhado neném há uma semana. Foi estratégico: vai que o Pedro se empolgava conhecendo o amiguinho?
Até esse horário já tinha tomado quatro litros de água...   
Conhecemos o Enrico e fizemos a última foto barriguda. Quando saímos, dava para sentir que as contrações estavam pouca coisa mais freqüentes. Ainda passamos na minha sogra para jantar. A sopa me deu um sono danado. Chegamos em casa e já deitei. Contrações aumentando. 30 em 30 minutos, 15 em 15... Lá pelas 22h, o marido estava ajudando a marcar: vinham de 5 em 5 minutos e duravam cerca de 50 segundos. Isso quando ficava deitada, porque era levantar para ir ao banheiro e o negócio engrenava: uma para sair da cama, outra quando o xixi saía, outra pra levantar, outra na pia. Entendi o esquema do parto ativo. As coisas fluem com mais facilidade. Infelizmente minha perna doía e possibilitava apenas o mínimo de movimento.
Com as contrações estabilizadas por mais de 40 minutos, não tínhamos dúvida que estávamos no trabalho de parto ativo. Junto com isso veio um misto de medo com angústia. O nosso parto seria normal, mas no hospital de Campo Mourão, não teríamos a opção de analgesia (a alegação é a falta de experiência nesse tipo de procedimento). Se quisesse isso, só em Maringá. Comentei com o marido. Ele concordou que era mais tranqüilo termos o neném na nossa cidade, mas me deixou à vontade para escolher. Optei por irmos a Maringá. Saímos às 23h30. Gostaria de esperar mais tempo antes de ir ao hospital, mas tínhamos 90km pela frente, contrações num nível de dor médio para alto e eu estava meio angustiada.
Não sei bem explicar o que sentia e foi esse mesmo sentimento que me acompanhou até a recuperação da anestesia. O mesmo que me dá um baita nó na garganta até agora.
Quem visse de fora, era capaz de nem acreditar na situação. Estávamos realmente tranqüilos. Nada parecido com o que mostram em novelas e filmes. Quando vinha a contração, respirava muito fundo e ficava quieta. No instante seguinte era como se nada tivesse acontecido, dava até uma felicidade/satisfação... coisas de parto.
Chegamos ao hospital e enquanto o marido esperava na recepção e cuidava da burocracia, fiz cardiotoco, para medir os batimentos do neném, depois exame de toque. A alegação do médico foi que os batimentos dele estavam meio fraquinhos (média de 115 por minuto) para agüentar o trabalho de parto que ainda iria durar, pois até então estava só com os 2cm... Ainda argumentei o que deu em favor do parto normal, mas não deu. Fomos para a cesárea.
A partir daí foi tudo meio rápido e sinceramente acho que fiquei meio entorpecida por não poder finalizar a gestação como tanto quis e feliz, porque em pouco tempo conheceria o nosso filhote. Logo estava no centro cirúrgico e os minutos à espera do anestesista, já deitada de barriga para cima deixaram as contrações especialmente complicadas. Quando foi aplicar a raqui, avisou que poderia começar a sentir um formigamento/quente no bumbum. Que nada! Começou a formigar pela perna direita, a nojenta que me deixou de cama por meses. Delícia não sentir dor... relaxei total!
Mais um tempinho e o Marcus entrou, a anestesia me deu enjôo e o tiozinho pôs um remédio junto com o soro. E foi rápido! Dali a pouco o médico já chamou o Marcus pra conhecer o Pedro. Uns segundos e ele veio para o “meu lado do pano”. Gordinho, fortinho, o nosso tourinho! Queria mostrar para ele que eu era a sua mãe, queria segura-lo no colo e não largar mais, mas tudo o que deu para fazer foi um carinho de leve. Ele estava muito bem com seus 4.330kg, 50cm e apgar 9/10. Nascido no dia 28 de março de 2012, às 3h15. Estava suficientemente feliz por isso.
O Marcus acompanhou os procedimentos no berçário enquanto terminavam a minha parte e fui para o quarto. Depois de duas horas, recuperada da anestesia, o Pedro chegou. A primeira providência foi virar de lado para amamentar. Ele entendeu o recado e abocanhou o peito como se estivesse esperando por isso durante nove meses. Muita felicidade!
Após tudo isso, já me fiz algumas perguntas:
- será que tive uma desnecesárea?
- será que se tivesse ficado em Campo Mourão, ao invés de ter ido ter o neném com um plantonista, o procedimento seria outro?
- será que se não tivesse tido esse problema na coluna/perna que me causou tanta dor por meses, poderia ter sido mais forte e não fazer uma opção baseada em analgesia?
- será que tenho o “defeito” de produzir nenéns grandes? (o médico enfatizou que parto normal acima de 4kg é arriscado. Se minha gravidez foi super saudável do começo ao fim, como “emagrecer” o neném dentro da barriga?)
Quer saber? A resposta para todas é não sei. E, sinceramente, agora não me importa. Meu filho pode não ter vindo como planejamos, mas está saudável e precisa de mim. Agora isso é o mais importante.
E, é claro, não poderia terminar sem agradecer o apoio e companheirismo fundamental do meu marido. Por mais que ele diga que não precisa. Sempre esteve e está ao meu lado, me ajudando a buscar o equilíbrio e a cada dia se mostra o melhor pai que o nosso filho poderia ter. Por essas e por outras que a gente percebe que “escolheu” a pessoa certa.
FIM [ou um novo começo]

terça-feira, 3 de abril de 2012

Pedro nasceu!


Blog parado quer dizer o que?
Mamãe ocupada e com muita felicidade cuidando do mais novo membro da nossa família, o Pedro.
Em breve, mais detalhes.