Que nem peixe de aquário

Dei a primeira “bronca” no neném, segundo a minha avó. É o seguinte: quando você tem cachorro, você brinca, ele te suja, lambe a sua mão (e odeio), escapa da coleira no meio da rua e resolve entrar na frente de um ônibus, mas tem emoção! Com gato é a mesma coisa: pelos pela casa inteira, ronronado enquanto amassa a sua barriga (nessa hora você percebe que essa região deveria estar durinha e não fofa a ponto do bichano se interessar), miados felizes quando chegamos em casa e por aí vai. Mas daí você compara com peixe em aquário... Acho lindo! Colorido, fofo, pequeneninho, mas cadê a interação? Fica lá, nadando de um lado pro outro, comendo uns camarõezinhos minúsculos de vez em quando e só.

O post é sobre pet? Não é sobre uma gestante que está louca para sentir seu neném mexendo! Ok, estamos quase no quarto mês e existe uma proteçãozinha adiposa que amortece qualquer movimento, mas cansei dessa história! É bom esse neném dar um pulão bem logo, afinal de contas está bem nutrido e vitaminado, por isso que me entupo de comidinhas saudáveis. Às vezes até paro o que estou fazendo e coloco as duas mãos na barriga, bem concentrada na mínima movimentação e é em vão.

E se o neném não der a mínima e continuar na dele até os seis meses, o que vou fazer? Me contentar com o ultrasom. Fazer o que...

Estou amando menos o nosso neném por causa disso? Claro que não. Ele já entendeu desde o início que tem uma mãe meio neurótica.

E se depois de nascer ele for um sem sossego e resolver se mexer pra compensar o tempo quieto? Daí vou me arrepender seriamente...