Sonho: um jeans, um neném, sem leite

Fazia tempo que não dormia de sonhar a ponto de me lembrar no dia seguinte. Especialmente os sonhos malucos que sempre costumei ter e aumentaram com a gestação. Mas noite passada aconteceu:

Lembro de começar estacionando o carro num lugar desconhecido, mas a estrutura do estacionamento parecia a da UEL (Universidade Estadual de Londrina), onde tive que parar para pegar o certificado de pós-graduação. Tinha vários adolescentes com bicicleta me vendo estacionar. Parei de ré e entrei numa loja de roupas. Lembro que uma vendedora meio loira me mostrou uma calça bem linda, mas linda mesmo, um jeans escuro, do jeito que gosto, com umas costuras transadas. Era calça normal, não de gestante. Lembro que era da marca Lado Avesso. Também lembro de ter comentado que estava igual ao meu pai que por um bom tempo só comprou jeans dessa marca, pois eram os com melhor caimento. Também comentei o preço salgado...

Não sei muito bem como chegamos a esse ponto, mas de repente me trouxeram o meu bebê. Trocadinho e enrolado num cobertor rosa. Não lembro muito bem se era menino ou menina. Olhei para aquela coisinha rechonchuda e fiquei um tempo sem saber o que fazer. Sabia que era meu, porque disseram isso, mas não me sentia mãe, não sentia que tinha saído de mim. Fiquei um tempo, parada, olhando. Daí comecei a ficar preocupada em não ter leite, porque ele já tinha nascido há algum tempo (apesar de me entregarem só agora) e meu corpo não tinha tido estímulo para produzir o leite, ainda... Isso deu um nó na minha cabeça.

Sei que colocamos o neném no carro (nessa hora apareceu o Marcus), mas sem cadeirinha, só no banco e sozinho, bem errado. Antes de irmos para nossa casa, ainda passamos na casa de uma tia do Marcus, só que estávamos transportando o neném num carrinho de supermercado, com todos aqueles solavancos...

Meio que terminou aí.

Significado? Olha, não sou a melhor pessoa para interpretar isso. Só sei que antes de dormir, conversamos sobre fazer cesárea, devido às dores intensas que estou sentindo nas pernas. Ao mesmo tempo, já descartamos a idéia, porque para quem já convive com isso há três meses, um dia de trabalho de parto vai ser pouca coisa.

A gente não escolhe, mas prefiro não ter sonhos assim. Fico meio transtornada por um tempo quando isso acontece.