Falando com criança

Ohnn ti toisa mais fofa da mãe.

Que cuti esse nenénzãum da tia com buchechão.

Mais ti toisa maizi linda!

Pára tudo. Aliás, para, porque caiu o acento diferencial.

Gente, tenho três tipos de desespero quando ouço gente falando desse jeito. Sempre tive. Daí que estava pesquisando uns vídeos de banho no Youtube e encontro gente em pleno momento de limpar o bumbum do neném falando como se a criança fosse... fosse o que? Nem sei dizer o que.

Fato é que não ajuda no desenvolvimento, não facilita o entendimento pro neném. Pra ter uma ideia, até o Tevez, o shitzu da minha mãe que tem uns quatro anos não gosta que falem assim com ele e parece que todo cachorro lindo e fofo tem que ser tratado desse jeito abestado. Afff!

Além do mais, pode influenciar a criança a permanecer com a fala errada, o tal do tatibitate.

Passei muito, mas muito tempo mesmo sem conviver com criança e achei mó legal quando comecei a namorar o atual marido, que na época tinha irmãozinho de uns oito anos. Tá, já é grande, neh?! Mas eu falava tipo super que nem adulto com ele. Depois de umas vezes percebi que o negócio não tava rendendo, porque em algumas palavras ele fazia cara de “ahn?!?”. Vocabulário adaptado e tá ótemo. Comunicação eficiente!

Então fica a dica: quando meu neném nascer, fale com ele que nem gente. Só isso. Use palavras simples, bem pronunciadas e em um tom agradável aos ouvidinhos sensíveis. A audição dele e dos pais agradece, tah?!

Bejãozaum!

Obs.: sofro por antecedência? Talvez! Mas tô atacada nas neuras, ultimamente!