terça-feira, 7 de agosto de 2012

Mãe profissional


Ontem rolou uma discussão no fórum do Minha Mãe que Disse sobre a culpa materna de não trabalhar fora. Para começo de conversa, nunca tinha ouvido tanto a palavra “culpa” antes de entrar para esse universo. Sério mesmo que mãe tem que sentir tanta culpa? TEM QUE ou incutem culpa na gente? Sei lá... Até a Revista Pais & Filhos está fazendo uma campanha no Facebook: Culpa, Não!

O fato é que uma mãe comentava que sente bastante a pressão da sociedade por ter deixado o mercado de trabalho (atuava como nutricionista) para ser mãe, profissionalmente. Daí que ainda na gestação fiz a opção de deixar de atuar (não de SER) como jornalista e passar a ser mãe profissional. Foi uma escolha fácil? Nem um pouco. Pelo menos uma vez por mês tenho uma nuvem negra sobre a cabeça que me faz questionar essa decisão. Mas lembro rapidinho que curto cada momento com o Pedro, o que não poderia fazer se resolvesse deixá-lo com terceiros o dia todo.

Por mais que a gente dê uma questionada de vez em quando, devido a essa pressão besta da sociedade, vale muito a pena ser mãe profissional, pois os nossos pequenos serão pequenos só uma vez na vida, já o mercado de trabalho estará aí para sempre e não nos receberá com beijos e sorrisos desdentados, como nossos filhos! Minha capacidade intelectual não diminuiu por isso, só foi redirecionada. Não penso mais em release, eventos, cerimonial, contato com a imprensa e sim em fraldas, promoções de roupas infantis, desenvolvimento psicomotor, brincadeiras e muita baba. Pode parecer menos importante, mas não é! Pergunte para o Pedro.

Admiro as mães que conciliam atuação no mercado de trabalho com os filhos. Conheço muito adulto que foi criado por mães que trabalharam fora o tempo todo e se tornaram pessoas muito boas e educadas.

Considero que a melhor demonstração de independência da mulher, de liberdade, é ter condições de escolher, de optar SE vai ter filhos e COMO vai lidar com eles.

Um comentário:

  1. E a culpa da mãe que precisa voltar a trabalhar, da mãe que não opta ou não pode optar por ficar em casa e precisa deixar o bebê em berçário ou com babá? Eu bem queria ficar mais tempo com o bebê e me parte em pedaços o coração saber que segunda volto a trabalhar. Mas não posso largar um concurso público nem à bala, ainda mais numa área que tem fama de não valorizar os profissionais e cujo mercado está saturado e oferecendo salários e condições de trabalho bastante desfavoráveis.

    ResponderExcluir