quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Jogo dos 7 erros


Com 21 semanas à esquerda e com 27 à direita.
Aqui dentro mora um mocinho que cresce pra lá de rápido!

domingo, 25 de dezembro de 2011

27 semanas

Agora que você se aproxima da fase final da gravidez -- o terceiro trimestre --, seu bebê começa a preencher todo o espaço disponível dentro do útero. (disponível e indisponível, porque não tinha espaço nenhum ali antes)

Ele já abre e fecha os olhos, dorme e acorda em intervalos regulares e pode chupar o dedo (tem dormido pouco ultimamente, viu?!). Embora ainda estejam imaturos, os pulmões do seu filho são capazes de funcionar com ajuda médica, se por acaso ele nascer antes da hora. (fico bem mais tranquila em saber disso) O cérebro está em desenvolvimento acelerado, na formação de curvas e dobras, compondo um labirinto de tecidos.

É possível que você ande sentindo uns pulinhos ritmados dentro do seu corpo. São os soluços do seu filho! A partir de agora você tenderá a percebê-los bem mais, mas, não se preocupe, eles não incomodam o bebê. (É verdade! Esses dias senti, mas é difícil acontecer ritmado assim) 

Seu filho está mais comprido, com cerca de 34 cm, o que a faz sentir com mais intensidade os movimentos dele na barriga. Como você vê, a vida intrauterina está animada, cheia de novidades. (é tudo uma grande novidade)

Como fica sua vida

Seu corpo muda rápido agora: o útero já está lá em cima, perto das costelas, e, dependendo da sua sorte, você está prestes a descobrir a delícia que é ter cãibras, hemorroidas ou varizes (até agora só cãibras, mas nem vou reclamar, porque sempre pode piorar, neh?!). Se serve de consolo, essas coisas normalmente vão embora depois do parto.

Se você está se sentindo cansada demais, talvez seu médico sugira um novo exame de sangue para ver se você está com anemia, uma deficiência nos glóbulos vermelhos. Muitas grávidas acabam sofrendo de um pouco de anemia devido às mudanças normais no corpo. (cansaço nem tanto, mas caloooooooooooooooooooooooooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr)

Se você tem sangue fator Rh negativo, e seu exame de sangue prévio deu negativo para anticorpos anti-Rh, você provavelmente vai fazer um novo exame nesta época. (sim. A negativo)

O futuro papai deve estar estranhando os seus pedidos. Não é para menos: ter vontade de comer picolé de tapioca e feijão com bolacha não é lá muito comum. Algumas mulheres grávidas experimentam tais vontades, um tanto absurdas. Os médicos não sabem dizer, com certeza, se há uma explicação científica para o desejo. Suspeitam, no entanto, que pode ser a carência de algum nutriente. Ou, então, de algum mimo. (EU não acredito muito em desejos. Acredito que a pessoa se permite querer comer loucuras. De vez em quando tenho uma vontadinha de comer isso ou aquilo, mas como qualquer pessoa normal e não grávida)

Que tal relaxar aprendendo a fazer shantala? Ela é uma massagem que transmite amor e pode ser aplicada no bebê já no primeiro mês de vida. Só imaginar o toque na pele macia do pequeno já dá uma tranquilidade, não é? (Já vi alguns vídeos e adorei. Espero que o Pedro goste também, porque pretendo alisá-lo bastante =)
 
Fonte: relatório semanal de http://brasil.babycenter.com e http://bebe.abril.com.br

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pão durismo

Pedro, meu filho, me desculpe, mas você precisa saber desde já que mamãe é pão dura e quando se trata de você, mais ainda.

Tudo o que temos de enxoval do Pedro foi presente (muitos, obrigada, adoramos!) e o que acabamos encontrando em promoções de ocasião. Tem hora que entro em uns sites infantis (loja física nem vou, porque tem pressão de vendedor), olho, olho, até seleciono alguma roupinha ou brinquedo, mas desisto. Tudo parece tão mais caro do que precisa ser...

Daí que ele vai usar tudo por pouco tempo, mas apesar de usar pouco, pode ser interessante ter uma coisa ou outra para estimular o desenvolvimento. Tá, mas o que? Qual brinquedo? Ai gente, fico muito perdida.

Acho que vou continuar desse jeito, sem comprar nada. Depois com o neném aqui, vemos o que precisamos e damos um jeito. Além de tudo, tem o medo de encher a casa de tralha. Ai que difícil!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Parindo contra a correnteza

Durante o fim de semana, conversamos bastante sobre a nossa escolha do parto. Assistimos vários vídeos e ficou a simples pergunta: por que precisa ser tão difícil fazer o mais fácil? Por que o que é natural passou a ser marginalizado e uma cirurgia agora é considerada normal?

Daí que tivemos uma consulta com o GO ontem. No final dos exames que deram tudo perfeitamente bem, um diálogo:

- Então, a gente tinha comentado que participa de um grupo orientado por uma doula e estamos cogitando contratá-la para acompanhar o nosso parto. Gostaria só de saber se você vê algum problema, se já trabalhou dessa forma. (Ia falar que ela acompanha uma consulta, mas a linguagem corporal dele não me deixou)

- É, mas ela não faz parte do corpo clínico do hospital, não vai poder entrar lá.

- Mas sendo por convênio, a gente não tem mais liberdade para acompanhantes e visitas no quarto?

- No quarto sim, mas no centro obstétrico, não.

- Mas só se vai para o centro cirúrgico no expulsivo, não é?!

- Mais ou menos, quando está com 5, 6 de dilatação a gente já encaminha para lá. Mas ela não vai entrar lá e sinceramente, não vejo como vai ajudar. Ela estando lá ou não, vai ser a mesma coisa. Aqui em Campo Mourão, não temos estrutura para parto humanizado.

Gente, faz as contas comigo: mandam a mulher com 5 de dilatação para o centro cirúrgico. Considerando uma média de 1cm de dilatação por hora, ainda se vão mais seis horas só lá dentro. E mais: seis horas é o prazo máximo que costumam esperar em hospital para empurrar cesárea goela abaixo. E por “não temos estrutura para parto humanizado” você pode entender “não temos estrutura, muito menos boa vontade”.

* papel da doula durante o parto: funciona como uma interface entre a equipe de atendimento e o casal. Ela explica os complicados termos médicos e os procedimentos hospitalares e atenua a eventual frieza da equipe de atendimento num dos momentos mais vulneráveis de sua vida. Ela ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, etc.. (www.doulas.com.br)

Uma pausa para reflexão: a questão não é somente ter uma doula acompanhando ou não. É o que a doula representa. Representa mais bem estar para a mãe, um atendimento mais próximo, não simplesmente um procedimento científico. Esse pouco caso quando falamos dessa profissional fez cair toda a máscara do médico que na consulta anterior disse que “trabalharíamos para um parto normal”.

Encerramos a conversa e fomos embora, porque vi que não ia adiantar me desgastar. Saímos de lá [beges] e fomos conhecer as instalações do único hospital da cidade onde gostaria de ter o nosso filho. Conhecemos o apartamento. Bacana, grandinho, com um sofá legal para o acompanhante. Daí comecei a fazer as perguntas que ninguém sabia a resposta, porque “você está indo totalmente contra o perfil que costumamos atender aqui. A ala particular e convênios acaba fazendo só cesáreas por opção das mães que não querem sentir dor (não querem sentir dor ou são tão desamparadas que acabam escolhendo a outra opção por ser a única que atendem sem dar trabalho?). O parto normal é no SUS”. Daí que o moço ligou para a responsável pela enfermagem:

Ao contrário do que o médico nos falou cheio de pouco caso, a doula poderia nos acompanhar no apartamento e no centro obstétrico, mas não na sala de pré-parto. “Mas o que acontece na sala de pré-parto?”, perguntei. “Ah, é onde você fica esperando as contrações. Devido não termos estrutura física,você vai ficar lá com mais uma ou duas mulheres na mesma situação e lá só entra uma enfermeira para dar suporte.” Olha só que coisa mais linda! Bem na hora que a gente precisa de apoio, de caminhar, de uma chuveirada morna e de uma boa massagem, eles nos obrigam a ficar numa sala com três desconhecidas e deitada. Depois disso, vai para o centro obstétrico, daí a doula poderia entrar. Já aproveitei e perguntei do nitrato de prata em colírio que muitos hospitais deixaram de usar como rotina, já que é indicado apenas para casos de parto normal que a mãe tem gonorréia e mais alguma outra DST que não lembro. Esse colírio cega temporariamente a criança, que já nasce com enxergando pouquíssima coisa. O pouco que ele vê, é importantíssimo para criar o vínculo mãe + filho. Aqui ainda é rotina do hospital, com muito pouco caso, se o pediatra estiver avisado que não é para usar, eles não usam. Mas a princípio, todo mundo tem gonorréia.

Perguntei, também, qual é a rotina quando chega a mãe para dar a luz, se já vão colocando soro. Isso porque não quero usar ocitocina sintética (utilizada para intensificar e agilizar o trabalho de parto. Como diz o nome, é sintética. O organismo já a produz e tem o seu tempo para tudo funcionar), mas tem hospital que assim que a mãe chega já vai furando a veia para colocar soro, simplesmente. Daí se precisar adicionar outra coisa, “fica mais fácil”. Só que andar com um troço no braço e tendo que levar aquele suporte não é nada fácil e se movimentar é muito importante para ajudar a aliviar as contrações e fazer o trabalho de parto fluir.

O único ponto positivo: depois que o neném nasce fica só uns 30 minutos fazendo os procedimentos e vai direto para o nosso quarto. Fica lá para sempre. Isso porque tem lugares que não deixam o bebê dormir no quarto da mãe, ou demoram muito tempo para devolver a criança depois dos procedimentos do berçário.

Resultado disso tudo: conseguimos a indicação de outro médico que costuma ser mais maleável. Mas daí comecei a me questionar se não era melhor simplesmente ter essa criança em casa, num lugar onde não precise brigar com ninguém, no meu ninho, da forma que me sinto bem. Porque se o médico tiver toda a boa vontade do mundo, ainda terão as rotinas do hospital. Vou precisar fazer um plano de parto absolutamente restritivo e vai dar tanto trabalho para aprova-lo que sinceramente não sei se estou disposta a isso. Porque no final terei sempre a impressão de que estarão fazendo alguma coisa pelas minhas costas.

* plano de parto: é uma lista de itens relacionados ao parto, sobre os quais você pensou e refletiu. Isto inclui escolher onde você quer ter seu bebê, quem vai estar presente, quais são os procedimentos médicos que você aceita e quais você prefere evitar. (www.amigasdoparto.com.br/plano.html)

Se precisar de um atendimento cirúrgico, não vou pensar duas vezes antes de ir a esse hospital. A estrutura é boa e fui muitíssimo bem atendida, mas infelizmente não há estrutura e nem boa vontade para atender um parto de normal com respeito. Quem sabe daqui a alguns anos. Quero muito acreditar nisso.

Quem acha que vou mudar de médico levanta a mão! Acho que vou esperar apenas passar essa virada de ano que deixa tudo mais difícil, daí mudo e não vou falar de parto com ele, apenas fazer o pré-natal para saber que continua tudo ok.

Mas Bruna, porque você simplesmente não faz uma cesariana que é mais fácil?

Porque quero ter opção. Quero escolher o que acredito ser melhor, não o que querem me enfiar goela abaixo por ser mais prático para quem está me atendendo. SE tiver que fazer uma cesárea vai ser por necessidade REAL para a minha saúde ou para a saúde do meu filho, não por comodidade.

Essa novela ainda vai render...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dor de estimação

Se você já está cansada (o) das minhas lamúrias doloridas, pode pular este post. Já comentei algumas vezes, mas optei por fazer um só sobre isso caso alguma gestante que esteja tão mal quanto venha parar aqui na busca por uma solução desesperada, como já fiz.

Pois bem... antes da gravidez, sempre fui uma pessoa saudável, sem nenhum problema de saúde grave. Não tomava medicamento algum, só tinha passado por uma cirurgia para retirada de um cisto no punho há muitos anos e não tinha problema de coluna. Como qualquer pessoa normal, já tinha dado uma escorregadinha para o lado, uma levantada de mal jeito que deixasse minhas costas doloridas por pouco tempo. Mas sempre foi de leve. No dia seguinte estava zero. A gravidez em si também vai bem. Pedro só que cresce, mexe loucamente e todos os exames estão super bons. Enjôos até o fim do primeiro trimestre, apenas. Agora só os pés inchados de leve, mas nada que atrapalhe.

Então que a partir da 18 semana de gestação comecei a sentir uma dor na lombar, do lado esquerdo. Começou de leve e não dei muita bola, porque a barriga estava mais crescidinha e todo mundo fala do peso dela, que grávida costuma ter problemas no ciático e talz. Foram duas semanas nas quais a dor foi aumentando bem de pouquinho, a ponto de ficar levemente travada. Ainda assim não dei muita bola, porque morava num prédio sem elevador. Eram 50 degraus todos os dias. Achei que fosse o esforço. Nessa época já nem ia mais à hidroginástica. Incomodava.

Mais ou menos pela 20 semana, nos mudamos para uma casa sem escadas e com mais espaço. O que era para ser ótimo marcou uma nova fase muito triste. Durante a mudança, nada de esforço. Só pegava os objetos médios e pequenos e encaixotava sobre uma mesa. Ainda assim, não deu. Na noite anterior à mudança, enquanto arrumávamos as últimas coisas, tive que deitar. Não agüentava de dor.

Nesse mesmo dia, à tarde, tive uma consulta com o GO que não deu muita bola para a dor, apesar de implorar para que me ajudasse... receitou buscopanDuo. Tomei a caixinha inteira e nada. A essa altura, a dor era na virilha, dava para perceber que era num nervo bem no meio, num lugar que não dava simplesmente para apalpar, mas já não conseguia mais subir escadas normalmente e mancava de leve para andar. Os piores movimentos eram de sentar e levantar. Se estava deitada e precisava levantar a perna esquerda, era impossível.

Ah! Esqueci de falar, mas quando a dor ainda estava mais leve, experimentei tomar paracetamol 500mg. Não fez nem cócega.

Estava sem posição. De todos os jeitos doía. Sentada, deitada, em pé, movimento era pior ainda. Como estava longe de conseguir algum efeito positivo, bateu um desespero. Minha mãe conversou com a médica dela que indicou citoneurin 500. É basicamente vitamina, mas tentei também e nada. Num blog de gestantes, vi que é comum grávidas terem dor pélvica, mais que dor ciática, devido ao reposicionamento da pelve proporcionado pelos hormônios que deixam nossas juntas mais “frouxas”. O mesmo blog falava de exercícios leves, alongamentos e tal. Tentei em vão fazer algum alongamento em casa. Não dava. O GO indicou 10 sessões de fisioterapia que eram compostas de leves alongamentos e um tempo de aparelho de choquinho leve. Impossível fazer mais que isso sem atingir o bebê. Resolveu? Não. Dava um LEVE alívio por mais ou menos uma hora. Só.

Nisso já tinham se passado três semanas de dores cada vez mais intensas. Meus dias se resumiam a ficar sentada ou deitada, sendo que para dormir na cama é loucamente pior. Cada vez que vou me virar dói absurdamente. E quando bate a vontade de xixi no meio da noite? Desesperador. É muito triste admitir isso, mas cheguei até a cogitar uma cesárea com 20 e poucas semanas, em plena madrugada e sentada no vaso sanitário. Sabe o que é uma pessoa que está movendo mundos e fundos para ter o parto mais natural possível cogitar uma cesárea assim? Desespero, minha gente, desespero.

Num dos piores dias de dor, implorei para a fisioterapeuta uma saída, ela ficou de conversar com meu GO. No mesmo dia que consegui uma consulta numa osteopata muito boa de Maringá, fiquei sabendo que a indicação do GO foi fazer uma infiltração de corticóide. Deu medo. Não quero dor, mas também não quero uma coisa tão forte assim que possa atingir o neném.

Optei pelo tratamento com a osteopata. Já fomos a duas consultas. A explicação para o problema é amplo. Provavelmente já tinha alguma coisa na coluna que não estava muito bem. Em uma situação normal, o corpo deixa passar, mas na gravidez, quando tudo fica no limite, agravou. O nervo que dói é o femural, junto com ele, toda a musculatura que está ligada à coluna, mais ou menos na altura da lombar e também vai para a perna. É uma situação adversa, então o músculo fica contraído o tempo todo (sabe uma cãibra permanente?), gerando ainda mais dor. É isso mais um monte de coisa.

Na primeira consulta ela manipulou várias partes do corpo, focando na coluna. Saí de lá com uma dor ardida na virilha. Mas disse ser normal, em dois ou três dias, melhoraria. E melhorou. Na mesma semana não tive tanta dor para sentar e levantar. Ainda mancando (e quando digo mancando não é de leve, é algo feio, que não me encoraja nem um pouco de sair na rua - nem aguento isso. Nos dias um pouco melhores, andar uma quadra precisa do mesmo esforço de uma maratona e no fim do dia rende aida mais dor), mas qualquer melhora já anima. Na semana passada fomos para uma segunda sessão. Ela mexeu mais na bacia e lombar. A consulta foi na quarta-feira passada (14) e infelizmente até agora não melhorou nada. Desde sexta-feira, se fico muito tempo sentada (o que antes era um alívio), na hora de levantar, a dor vem tão forte que aguento andar menos ainda. Para ajudar, agora também dói a lombar do lado esquerdo.

A novela está longe de acabar, pelo jeito. A osteopata disse que quer resolver o meu caso até o fim de ano. Ou seja, mais duas semanas. Quero muito, mas muito acreditar no tratamento dela que não envolve química nenhuma, mas está difícil. Hoje mesmo é um dos dias desesperadores. Se até o dia 5 o negócio estiver desse jeito, infelizmente vou ter que partir para o corticóide. É uma péssima saída, mas se sentir uma pessoa inválida e não conseguir curtir este lindo momento que é gerar uma vida, é igualmente ruim.

Irei atualizando este post conforme tiver alguma novidade. Espero que boa.

domingo, 18 de dezembro de 2011

26 semanas


Nesta etapa da gravidez, se pudesse ser medido, o bebê teria algo em torno de 36 centímetros (grandinho, neh?! Tem bebê que nasce com 40cm). Os olhos estão começando a abrir. Ele responderá melhor a sons mais no finalzinho do sétimo mês, quando a rede de nervos que se estende até o ouvido estiver completa.

Ele escuta seus batimentos cardíacos e se sente tranquilo. (ou agitado, se acontecer alguma coisa, neh?! Por isso que é importante estar sempre zennnnnnnnn) Se à noite ele se mexe mais, experimente cantar uma música de ninar. É possível que ele se acalme. (os horários de maior movimentação são à tarde e à noite, mas durante a tarde, fica bem mais espertinho. Ontem cedo, dei uma espiada na barriga e tinha um calombo do lado esquerdo. Acho que é devido à posição dele... é engraçado!) Quanto à respiração, o pulmão continua se exercitando, inspirando líquido amniótico. Assim, quando nascer, o bebê terá um ótimo fôlego para tudo, inclusive chorar.

A partir de agora até a hora do nascimento, o peso do seu filho triplicará, já que nas próximas semanas ele vai acumular gordura bem mais rapidamente. O bebê precisa de gordura para poder se ajustar à temperatura mais fria que o lugar tão quentinho em que está neste momento. (gordurinhas do bem =D) Além disso, a gordura será fonte de energia e calorias nos primeiros dias de vida. É comum que recém-nascidos, especialmente os que mamam no peito, percam peso na primeira semana depois de nascer.
 

Como fica sua vida

Você está se aproximando da reta final -- o terceiro trimestre. Antes que possa imaginar, vai estar segurando seu bebê no colo. (loucura! Parece que foi ontem que tudo começou)

Nesse período, algumas mulheres têm um leve aumento da pressão arterial, o que é normal. Mas, se seu peso subir muito, sua visão ficar embaçada e seus pés e mãos incharem de repente, pode ser que você esteja com pré-eclâmpsia. Ligue para seu médico imediatamente ou procure um pronto-socorro se perceber qualquer um desses sintomas. (por enquanto só um inchacinho normal)

Nesta semana, é possível que o obstetra peça o teste de glicemia pós-prandial, que avalia como o seu organismo se comporta na hora de processar o açúcar dos alimentos. Essa avaliação serve para detectar o diabete gestacional, um problema que atinge 10% das grávidas e, geralmente, desaparece depois do parto. (próxima consulta é amanhã. Veremos quais serão as observações) Vamos a outros assuntos mais gostosos. A vida sexual não precisa parar à medida que a barriga cresce. Ao contrário, é uma boa ocasião para descobrir novas posições e prazeres. (Ha! Junte barrigão com dores na perna e coluna. Precisamos ser quase mágicos para encontrar posições adequadas. Mas é possível, viu ;)
 

Fonte: relatório semanal de http://brasil.babycenter.com e http://bebe.abril.com.br

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Três coisas

Anota aí, três coisas que nos acompanham desde a 23 semana (não sei como colocar o azinho neste teclado):

Sono – já dormia bem antes, mas agora está no estilo pedra. Tirando que preciso acordar cada vez que me viro na cama, devido à dor na perna, durmo que é uma maravilha. Mas é durante a noite. De dia no máximo um cochilinho de 20 minutos. Vou para a cama o mais cedo possível. Quando dá para ser às 21h30, é óoooooootemo. Mas não passo das 7h30, porque dá fome e vontade de fazer xixi =)

Apetite – desde o início da gestação, meu apetite tinha diminuído consideravelmente, primeiro pelos enjôos e depois porque ficou pouco, mesmo. Agora deu uma aumentadinha. Redobrei a vigilância, porque agora que o neném está ganhando peso, é facinho a mamãe também extrapolar. Ainda não chegamos aos pratos de caminhoneiro.

Sede – um pouco pelo calor que anda fazendo, mas tem horas que é desesperador. Tomo água de copo cheio e antes tinha o costume de encher não mais que meio copo. São vários durante o dia. Chega a dar raiva, mas às vezes termino de engolir o último gole e já seca a boca novamente. Ainda bem que não se usa mais aquele filtro de barro que tem que encher, senão não ia render!! heheheh

domingo, 11 de dezembro de 2011

25 semanas

Mesmo sem ar nos pulmões, seu bebê começa a fazer alguns exercícios de respiração. Por outro lado, os cinco sentidos estão se desenvolvendo com rapidez.
Tomografias do cérebro de fetos nesta fase mostram que os bebês respondem ao toque. Você pode até brincar, tentando mexer no pé dele quando ele der um chute, ou deitando de barriga para cima e rolando de um lado para o outro, para ver como ele reage (que legal! Vou experimentar da próxima vez que ele estiver mexendo. Já virar na cama é meio impossível devido à perna). As pálpebras do bebê já se abrem e o coração bate forte. Especialistas afirmam, ainda, que, se uma luz for colocada diante da barriga das mães, eles tendem a virar a cabeça -- o que, segundo especialistas, indica o funcionamento do nervo óptico (ele já podia reconhecer dia e noite e entender que noite é para dormir, neh?!).
A cada dia que passa, seu filho se parece mais com o recém-nascido que será daqui a alguns meses. O cabelo já tem cor e textura, embora depois do nascimento elas possam mudar. Bebês que nascem com cabelo escuro muitas vezes depois ficam com cabelo claro e vice-versa (hum... então já passou da fase de tomar formol pra ver se ele já nascia com progressiva =P).

Como fica sua vida
Seu sono provavelmente não anda muito reconfortante devido a sonhos intensos ou a pesadelos. Isso é bem normal, já que, ao dormir, seu subconsciente vira o espaço para dar vazão a temores sobre a gravidez e seu futuro papel de mãe (gente, não estou tendo mais sonhos malucos. Sono super tranquilo).
Além disso, a barriga maior torna difícil encontrar uma posição confortável na cama (só tenho duas opções: barriga para cima e do lado direito, o esquerdo dói e de bruços está fora de cogitação há muito tempo).
É recomendável começar a criar o hábito de dormir de lado (caso você ainda não faça isso). Travesseiros são seus grandes amigos, por isso use vários: entre as pernas, embaixo da barriga, na lateral ou onde eles a deixarem mais confortável (daí você manda o marido dormir no sofá, porque 500 travesseiros mais duas pessoas numa cama é meio difícil).
Ontem você estava irritada, hoje acordou alegre e, de repente, sentiu vontade de chorar? Não se assunte, é assim mesmo. Todas as gestantes experimentam a sensação de estar com as emoções intensificadas e o humor oscilante. Sintomas esperados, já que os hormônios estão em ebulição no seu organismo (acontece, não vou mentir, mas estou para dizer que estamos no nível normal de mudanças bruscas. No começo da gestação foi muito pior). Para se sentir melhor, alimente-se bem e tente proporcionar a você mesma boas noites de sono. Para isso, evite as bebidas com cafeína, como o café, o chá preto e os refrigerantes à base de cola. Essas substâncias podem deixá-la mais ansiosa e, ainda, piorar o seu humor. Uma boa dica é não abrir mão de fazer uma atividade física - vale até mesmo uma caminhada leve. Isso ajudará, inclusive, na melhora da autoestima, que constantemente precisa de um reforço. Exercitar-se também aprimora o sistema imunológico, que costuma ter oscilações na gestação, e serve como mais uma forcinha para evitar gripes e desânimo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mais uma espiadinha

Fizemos mais um ultrassom esta semana. Estávamos curiosos, porque o último foi em outubro. Como mudamos de médico, acabou demorando um pouco mais. E ultra é super importante para a gente, porque é a chance de você visualizar um serzinho ao qual você dedica muito amor, mas não tem a chance de pegar... isso faz falta, por enquanto =)

Daí que foi morfológico. O neném já está grandão e não rolou dizer o comprimento total dele. Mas temos o resultado por partes, hehehe

Uma parte interessante foi quando o médico queria achar os pezinhos do Pedro e veio com o aparelho onde? No meu estômago!!!! Quase falei, “ei, o útero é mais para baixo”. Uma loucura você pensar que uma criaturinha está te reorganizando inteira para crescer num espaço que anteriormente não existia.

E sabe quanto o Pedro está pesando? Aproximadamente (tem variação de 15%) 785g! Claro que sempre sabemos que um neném de três ou quatro quilos e poucos precisa passar por todos os pesos anteriores, mas ficamos meio chocados a cada “pesagem”.  Parece que foi ontem que ele pesava 50g... Ou seja, estou carregando quase um quilo de neném nessa barriga redondinha.

As imagens até vou colocar, mas já peço desculpas pela definição. Esse outro lugar não tem tanta qualidade quanto o que estávamos anterioremente. Vou experimentar uma outra clínica na próxima.

Para começar, ele estava nessa posição, a melhor de todas. Espero que continue assim para facilitar ainda mais o nosso parto.

Carinha do Pedro. A da esquerda, tá?! O superman e só para vocês entenderem o ângulo da imagem.

 À esquerda, o abdome, com 21cm de circunferência. A direita, o crânio com 23,5cm de cirunferência. Como neném é um negocinho cabeçudo!!

Minha imagem preferida: a coluninha. À direita, a bexiga, que como bom filho da Bruna, funciona que é uma loucura. 

Posso com um fêmur que mede 4,3cm? À direita, mais uma checada para garantir que é um menino. Imagina agora depois de chá de bebê e nome escolhido, descobrirmos que é uma menina?! Seria uma reviravolta engraçada. 

Pezinhos. Cada flechinha é um dedo (mini). 

Olha os dedinhos das mãos, que fofuras! 

A imagem mais engraçada foi essa: o crânio visto de cima (coloquei a imagem da direita para entenderem o ângulo) com os dois nozinhos que dão origem às orelhas. Juro que na hora do exame pareceu a carinha do Shrek =)

Considerações: nosso neném é lindo (ah! Novidade!), tem todos os dedinhos, todas as medidas dentro do padrão e ficou incomodado com o tanto que o médico cutucou o coitado. Calma, Pedro. Mais três meses e termina tudo isso, tá?!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Wrap sling – ok

Olha a cara vermelha da pessoa que acabou de chegar da rua e vai enlouquecida se enrolar no pano e juntar a gata de qualquer jeito para fazer foto. Mas deu certo, tirando a parte de ficar com as mãos livres, já que a Cleozinha estava louca para sair daí. De certo por isso que aconselham o uso com crianças e não felinos...

Não, querida leitora ou querido leitor, você não está tendo um dejavu. Mesmo porque no outro post, o personagem era o Tevez.

Daí que resolvi adquirir um wrap sling, também. Quando pesquisava para comprar o de argola, vi o wrap e achei o cúmulo do negócio sem prática. Mudei de idéia. Li um montão, vi que nele o bebê fica beeeeeeem coladinho e firminho. O de argola fica para pequenos usos e o wrap assume o cargo inteirinamente. É tranquilo de amarrar. Me enrolei um pouco, já que foi a primeira vez, mas ainda assim foi rapidinho.

Comprei da Sun Kepina que é de uma obstetriz alemã de Florianópolis que foi mega atenciosa. Mandou até um cartãozinho para o Pedro. Para quem quiser conhecer mais sobre o assunto, fica a dica do Slingando que tem muita coisa legal sobre os slings e artigos sobre maternidade em geral. Li todos (pouco compulsiva!).

Só para encerrar, peguei lá do Slingando alguns benefícios do sling:

Os Bebês que são carregados…

- Choram menos! (43% menos no total e 54% menos durante as horas do dia)
- São mais saudáveis! (ganham peso mais rápido, tem melhor habilidade motora, coordenação, maior tonificação muscular e senso de equilíbrio)
- Tem uma melhor visão do mundo! (bebês em carrinhos vem o mundo a altura dos joelhos de um adulto)
- Dá mais segurança . O bebê tem acesso a comida, calor e amor.
- Ganham independência mais rapidamente!
- Dormem melhor! (mais rapidamente e por períodos mais longos)

- Aprendem mais! (não são super-estimulados, mais calmos e alertas, observando e participando do mundo ao seu redor)
- São Mais felizes! (se sentem mais amados e seguros)


Carregar seu bebê…

- Melhora a comunicação entre os dois, já que você se sintoniza com os gestos e expressões dele.
- Cria pais mais auto-confiantes. Não há nada melhor que ter um bebê calmo e contente graças a que você sabe atender suas necessidades.
- É conveniente . Não há incomodidades nem complicações como ter que carregar um bebê-conforto num braço e o bebê no outro.
- Facilita a locomoção. Você pode caminhar por calçadas e terrenos irregulares, ruelas estreitas, subir e descer escadas, entrar a locais com muita gente sem bater em ninguém com o carrinho, etc.
- É saudável para você. Permite você sair para caminhar e respirar ar puro!
- Amamentação discreta sem necessidade de buscar um lugar apropriado para sentar.
- Permite você interagir com outras crianças ou filhos e ainda assim manter seu bebê perto e seguro.
- Mãe e bebê podem sair de casa juntos! Você pode ir a qualquer lugar com seu bebê seguro e acolhido.
- Suas mãos estão livres. Você pode fazer compras, caminhar, passear, ler um livro,  brincar com o seu filho maior ou ainda sair para um lindo almoço na cidade.
- É a solução natural para o sono do bebê. Você acalma e agrada seu bebê com seu calor, sua voz, seus movimentos e o batimento de seu coração.

domingo, 4 de dezembro de 2011

24 semanas ou 6 meses


Desde a semana passada, o bebê engordou cerca de 90 gramas(única fase da vida em que cada grama conquistado é comemorado). Ele já tem 21 cm, mas pesa pouco, cerca de meio quilo (está bom para quem pesava 30g há um tempinho). A pele dele é fina e frágil, mas o corpo está tomando forma e ocupando cada vez mais espaço dentro do seu útero (percebeu a diferença da figura desta semana? O coitado está apertado!).

Nesta fase, o bebê pode até estar desenvolvendo um fraco por doces. As papilas gustativas estão se formando e esse gosto pelo doce faz parte do processo (ai neném, pelo seu bem, goste moderadamente, não seja como a mamãe. Nem estou consumindo muito doces para não desandar tudo).

Outro grande marco desta etapa é a possibilidade de o bebê agora sobreviver, com muitos cuidados especiais, num hospital bem-equipado, no caso de um parto prematuro. Ele se torna, então, um bebê "viável". Ai gente, fico tão, mas tão aliviada de chegar a essa fase... claro que prefiro que o Pedro nasça com 40 semanas, completinho, mas só de saber que ele já pode sobreviver caso aconteça alguma coisa, é um conforto muito grande.

Os pulmões começaram a produzir o surfactante, uma substância responsável por garantir que ele consiga respirar sem problemas nos primeiros momentos fora da barriga da mamãe e, assim, ter fôlego extra para abrir o berreiro. (uma coisa que descobrimos nos encontros do Gesta: sabe o famoso berreiro que o neném faz quando nasce? Então, quando o neném nasce bonzão, daí esperam de 3 a 5 minutos até o cordão parar de pulsar e ele receber os últimos tantos de oxigênio e sangue, o pulmãozinho dele vai se acostumar aos poucos a ter que funcionar e dificilmente vai chorar, no máximo dar uma resmungadinha. Mas, infelizmente, a prática mais comum é o neném ser tirado e já clampearem e cortarem o cordão, daí para o pulmão é como se uma bexiga fosse inflada de uma vez, sabe?! Isso dói, daí ele chora, mas é um trauminha que poderia ser evitado com boa vontade e conversa com a equipe médica. Ah! Mais uma coisa: tem um estudo que diz que esperar pelo menos 3 minutos para cortar o cordão, pode contribuir para o neném ter menos anemia. Bom, neh?!)

Sua gravidez

É bem possível que você esteja esbarrando nas coisas ao seu redor e, às vezes, calculando, erroneamente, que irá passar numa brecha quando, na verdade, acaba se apertando mais do que esperava. Normal! Nos últimos dias, sua barriga cresceu e seus quadris se alargaram, sinais de que seu corpo está se adaptando para acomodar um bebê cada vez maior e se preparando para o parto.(a pior de todas foi num dia que tive que passar entre um caminhão e uma portona. Jurei que passava e não deu certo. Estava com uma bata branca e fiquei com a barriga e s peitos sujos de barro. Bem lindo!)

Nesta fase, algumas mulheres sentem tonturas ao se levantar rapidamente. Pode ser a chamada hipotensão postural, uma queda na pressão que faz o sangue descer do cérebro rapidamente devido à força da gravidade. Converse sobre o assunto com seu obstetra. Em alguns casos, as tonturas podem denunciar problemas como anemia e alterações nos níveis de açúcar do sangue. (isso ainda não tenho, não, mas por favor, não precisa ter todos os sintomas de uma vez, neh?!) E como é que anda a seleção de roupas para o pequeno? Já está mais do que na hora de ir às compras. Quando voltar para casa cheia de sacolas, faça um escalda-pés para relaxar. Você merece! (olha, sinceramente, acho que o enxoval do nosso neném está completo. Tem bastante roupinhas, mil fraldas de todos os tamanhos... acho que só falta a banheira, mesmo)

Estrias avermelhadas podem aparecer na sua barriga, coxas, bumbum e seios. Muitas mulheres também reclamam de coceira na pele. Estrias são típicas desse estágio da gravidez e costumam ficar mais discretas e com um tom mais próximo da própria pele depois do parto. E sempre há a chance de você ser uma das sortudas que passam incólumes pela gravidez, sem estrias. Sua mãe tem? A hereditariedade infelizmente é um dos fatores determinantes para o surgimento de estrias. (meu segundo nome é estria. Faz as contas: engordei 3k até agora. 10% foram para a barriga, o resto se concentrou nas coxas. Resultado: uma superfície lindamente rendada. Além disso tem um pouco nos seios e bem pouquinho na lateral da barriga. Passo creme, óleo, todas as melecas disponíveis, mas quando o corpo está no limite, é difícil, mesmo)

Os olhos tendem também a ser mais sensíveis à luz e a ficar mais secos, um sintoma perfeitamente normal da gestação -- embora menos conhecido. Para melhorar o desconforto, pingue uma solução de lágrimas artificiais que pode ser encontrada nas farmácias. (olha, o que senti até agora é que às vezes acordo com o olho meio irritado, como se fosse uma conjuntivite leve. Daí pingo um colírio light e boa)

Fonte: relatório semanal de http://brasil.babycenter.com e http://bebe.abril.com.br

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Partimos do nosso princípio

Há um tempo, prometi uma postagem sobre a nossa visão do parto. Então cá estamos nós.

Pois bem, quando descobri a gravidez me embrenhei no mundo materno. Concepção, desenvolvimento e tudo mais. Há alguns anos, não teria dúvidas em dizer que faria cesárea SE tivesse um filho. Isso porque tinha uma visão bem distante e fria do processo materno. Mas isso mudou bastante. Logo no início descobri vários sites de ONGs que visam maior divulgação e desmistificação do parto normal. Fui convencida. Para começar, é o processo mais natural. As mulheres parem há anos e anos da mesma forma. Claro que nem todas as experiências do normal são felizes, assim como as cesáreas, assim como qualquer nascimento, assim como qualquer coisa na vida. Mas felizmente hoje temos muito mais acesso ao conhecimento, possibilidade de fazer um pré-natal completo e uma rede hospitalar mais estruturada.
Só pra constar que minha mãe teve duas cesáreas e a mãe dela teve experiências ruins com parteiras. Então imagina o apoio recebido...
Mas os motivos, no fim das contas foram: NÃO é uma cirurgia, NÃO precisa cortar sete camadas da minha pele e me encher de pontos (por mais que a cicatriz hoje em dia seja bem menor), NÃO precisa daquela anestesia chata e dolorida para caramba, a recuperação é rapidíssima. Quando muito no dia seguinte e se tudo correr bem, você tá nova. O neném tem a oportunidade de ser agente do parto e nasce a hora que ele quiser, não quando a agenda permitir. Ah, mas PODE ser necessário fazer episiotomia (pontinhos na vagina para facilitar o caminho de nenéns maiores). Sim. PODE ser que sim, PODE ser que não e se ocorrer, é coisa pouca e relativamente simples. Tá, mas e a dor? E as temidas contrações? Bem, isso varia de pessoa para pessoa. Tem mulher que espirra e o neném sai, tem outras que sofrem para caramba. Como saber qual será o nosso caso? Não tem como saber. Você faz uma escolha e se mantiver sua posição com firmeza e segurança, também vai se preparar com antecedência. Além disso, há massagens e técnicas para diminuir a dor e se você tem a felicidade de estar num ambiente com pessoas queridas e te apoiando e tiver informação do que está acontecendo com você passo a passo, não só o geralzão, pode ter certeza que a percepção da dor vai ser diferente.
Gente, por favor, estou falando da nossa decisão, da nossa opinião e também somos inteligentes o suficiente para saber que em alguns casos a cesareana pode ser fundamental para salvar vidas tanto da mãe quanto do filho. Consideramos que vamos estar saudáveis e super bem para o tão esperado dia, então se a sua decisão for por cesárea, respeito, desde que você respeite a minha decisão também, ok!?

Na verdade, a única coisa que me dá uma leve preocupação até agora é essa dor na virilha que com cinco meses já atrapalha a minha vida. Temo que mais para frente ela possa atrapalhar o nosso parto, mas não tem muito como prever...

O outro lado disso tudo é o profissional que vai estar junto com a gente na hora do vamos ver. Se você tem a felicidade de morar numa cidade com uma casa de parto ou com um médico que seja super a favor do parto normal, que bom! Você é uma pessoa muito feliz. Agora, se é como a maioria das mulheres que quando fala de parto normal para o seu obstetra percebe um semblante de “ixi... vai me dar dor de cabeça”, seja bem vinda ao nosso grupo.

Na verdade mudamos de médico agora mesmo. No quinto mês. Por dois motivos: o anterior era de uma cidade há 90km de distância e além de ficarmos muito desgastados a cada vez que íamos a uma consulta, ele foi um pouco menos receptivo AINDA ao parto normal. Juntamos isso com os encontros do Gesta Maringá, muita informação e pesquisa sobre a estrutura do Hospital Santa Casa de Campo Mourão que está com UTI neo natal (que a gente nunca quer usar, mas fica mais tranqüilo de saber que existe), nos fortalecemos e resolvemos procurar um profissionall na nossa cidade. Tive boas indicações do nosso atual médico. Fomos a apenas uma consulta, mas foi a mais franca de todas. Falei tudo o que penso sobre o parto, todo o processo, a busca de informação, sobre como espero que ele entenda isso e não me ache uma tapada que digita qualquer coisa no Google. No começo o coitado levou um susto, mas compreendeu em seguida. Não prometeu desde já um normal, como já era esperado. Claro que disse que vamos trabalhar para isso. Já está suficiente. Difícil esperar milagre. Estou pensando em conversar com uma doula de Maringá (em Campo Mourão não tem) para nos acompanhar, mas essa ideia ainda precisa ser discutida aqui em casa.

Bruna, você está falando tudo isso, mas e se precisar fazer uma cesárea? Como vai ser? Vou ficar um pouco triste, mas se PRECISAR fazer vai ser pelo bem do neném. Espero que me dêem uma justificativa muito boa e não me venham com historinhas do tipo “o cordão está enrolado no pescoço”. Já sei que esse tipo não cola.

Mas o importante é ter o Pedro são e salvo nos nossos braços. Quem sabe a gente consiga protagonizar uma foto tão linda quanto esta, que é a mais linda de todas que já vi e me deixou absolutamente emocionada, pelo olhar do bebê:

 Tirei do blog do fotógrado Cleber Massao