Nossa maternagem: gestação, crescimento e desenvolvimento, com cada detalhe desse momento tão especial.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Jogo dos 7 erros
Com 21 semanas à esquerda e com 27 à direita.
Aqui dentro mora um mocinho que cresce pra lá de rápido!
domingo, 25 de dezembro de 2011
27 semanas
Agora que você se aproxima da fase final da gravidez -- o
terceiro trimestre --, seu bebê começa a preencher todo o espaço disponível
dentro do útero. (disponível e indisponível, porque não tinha espaço nenhum ali antes)
Ele já abre e fecha os olhos, dorme e acorda em intervalos
regulares e pode chupar o dedo (tem dormido pouco ultimamente, viu?!). Embora ainda estejam imaturos, os pulmões do
seu filho são capazes de funcionar com ajuda médica, se por acaso ele nascer
antes da hora. (fico bem mais tranquila em saber disso) O cérebro está em desenvolvimento acelerado, na formação de
curvas e dobras, compondo um labirinto de tecidos.
É possível que você ande sentindo uns pulinhos ritmados
dentro do seu corpo. São os soluços do seu filho! A partir de agora você
tenderá a percebê-los bem mais, mas, não se preocupe, eles não incomodam o
bebê. (É verdade! Esses dias senti, mas é difícil acontecer ritmado assim)
Seu filho está mais comprido, com cerca de 34 cm, o que a
faz sentir com mais intensidade os movimentos dele na barriga. Como você vê, a
vida intrauterina está animada, cheia de novidades. (é tudo uma grande novidade)
Como fica sua vida
Seu corpo muda rápido agora: o útero já está lá em cima,
perto das costelas, e, dependendo da sua sorte, você está prestes a descobrir a
delícia que é ter cãibras, hemorroidas ou varizes (até agora só cãibras, mas
nem vou reclamar, porque sempre pode piorar, neh?!). Se serve de consolo, essas
coisas normalmente vão embora depois do parto.
Se você está se sentindo cansada demais, talvez seu médico
sugira um novo exame de sangue para ver se você está com anemia, uma
deficiência nos glóbulos vermelhos. Muitas grávidas acabam sofrendo de um pouco
de anemia devido às mudanças normais no corpo. (cansaço nem tanto, mas
caloooooooooooooooooooooooooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr)
Se você tem sangue
fator Rh negativo, e seu exame de sangue prévio deu negativo para anticorpos
anti-Rh, você provavelmente vai fazer um novo exame nesta época. (sim. A
negativo)
O futuro papai deve estar estranhando os seus pedidos. Não é
para menos: ter vontade de comer picolé de tapioca e feijão com bolacha não é
lá muito comum. Algumas mulheres grávidas experimentam tais vontades, um tanto
absurdas. Os médicos não sabem dizer, com certeza, se há uma explicação
científica para o desejo. Suspeitam, no entanto, que pode ser a carência de
algum nutriente. Ou, então, de algum mimo. (EU não acredito muito em desejos.
Acredito que a pessoa se permite querer comer loucuras. De vez em quando tenho
uma vontadinha de comer isso ou aquilo, mas como qualquer pessoa normal e não
grávida)
Que tal relaxar aprendendo a fazer shantala? Ela é uma
massagem que transmite amor e pode ser aplicada no bebê já no primeiro mês de
vida. Só imaginar o toque na pele macia do pequeno já dá uma tranquilidade, não
é? (Já vi alguns vídeos e adorei. Espero que o Pedro goste também, porque
pretendo alisá-lo bastante =)
Fonte: relatório semanal de http://brasil.babycenter.com e
http://bebe.abril.com.br
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Pão durismo
Pedro, meu filho, me desculpe, mas você precisa saber desde
já que mamãe é pão dura e quando se trata de você, mais ainda.
Tudo o que temos de enxoval do Pedro foi presente (muitos,
obrigada, adoramos!) e o que acabamos encontrando em promoções de ocasião. Tem
hora que entro em uns sites infantis (loja física nem vou, porque tem pressão
de vendedor), olho, olho, até seleciono alguma roupinha ou brinquedo, mas
desisto. Tudo parece tão mais caro do que precisa ser...
Daí que ele vai usar tudo por pouco tempo, mas apesar de
usar pouco, pode ser interessante ter uma coisa ou outra para estimular o
desenvolvimento. Tá, mas o que? Qual brinquedo? Ai gente, fico muito perdida.
Acho que vou continuar desse jeito, sem comprar nada. Depois
com o neném aqui, vemos o que precisamos e damos um jeito. Além de tudo, tem o
medo de encher a casa de tralha. Ai que difícil!
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Parindo contra a correnteza
Durante o fim de semana, conversamos bastante sobre a nossa
escolha do parto. Assistimos vários vídeos e ficou a simples pergunta: por que
precisa ser tão difícil fazer o mais fácil? Por que o que é natural passou a
ser marginalizado e uma cirurgia agora é considerada normal?
Daí que tivemos uma consulta com o GO ontem. No final dos
exames que deram tudo perfeitamente bem, um diálogo:
- Então, a gente tinha comentado que participa de um grupo orientado
por uma doula e estamos cogitando contratá-la para acompanhar o nosso parto.
Gostaria só de saber se você vê algum problema, se já trabalhou dessa forma. (Ia
falar que ela acompanha uma consulta, mas a linguagem corporal dele não me
deixou)
- É, mas ela não faz parte do corpo clínico do hospital, não
vai poder entrar lá.
- Mas sendo por convênio, a gente não tem mais liberdade para
acompanhantes e visitas no quarto?
- No quarto sim, mas no centro obstétrico, não.
- Mas só se vai para o centro cirúrgico no expulsivo, não é?!
- Mais ou menos, quando está com 5, 6 de dilatação a gente já
encaminha para lá. Mas ela não vai entrar lá e sinceramente, não vejo como vai
ajudar. Ela estando lá ou não, vai ser a mesma coisa. Aqui em Campo Mourão, não
temos estrutura para parto humanizado.
Gente, faz as contas comigo: mandam a mulher com 5 de dilatação
para o centro cirúrgico. Considerando uma média de 1cm de dilatação por hora,
ainda se vão mais seis horas só lá dentro. E mais: seis horas é o prazo máximo
que costumam esperar em hospital para empurrar cesárea goela abaixo. E por “não
temos estrutura para parto humanizado” você pode entender “não temos estrutura,
muito menos boa vontade”.
* papel da doula durante o parto: funciona como uma
interface entre a equipe de atendimento e o casal. Ela explica os complicados
termos médicos e os procedimentos hospitalares e atenua a eventual frieza da
equipe de atendimento num dos momentos mais vulneráveis de sua vida. Ela ajuda
a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e
parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que
podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, etc.. (www.doulas.com.br)
Uma pausa para reflexão: a questão não é somente ter uma
doula acompanhando ou não. É o que a doula representa. Representa mais bem
estar para a mãe, um atendimento mais próximo, não simplesmente um procedimento
científico. Esse pouco caso quando falamos dessa profissional fez cair toda a
máscara do médico que na consulta anterior disse que “trabalharíamos para um
parto normal”.
Encerramos a conversa e fomos embora, porque vi que não ia adiantar
me desgastar. Saímos de lá [beges] e fomos conhecer as instalações do único hospital
da cidade onde gostaria de ter o nosso filho. Conhecemos o apartamento. Bacana,
grandinho, com um sofá legal para o acompanhante. Daí comecei a fazer as
perguntas que ninguém sabia a resposta, porque “você está indo totalmente
contra o perfil que costumamos atender aqui. A ala particular e convênios acaba
fazendo só cesáreas por opção das mães que não querem sentir dor (não querem
sentir dor ou são tão desamparadas que acabam escolhendo a outra opção por ser
a única que atendem sem dar trabalho?). O parto normal é no SUS”. Daí que o
moço ligou para a responsável pela enfermagem:
Ao contrário do que o médico nos falou cheio de pouco caso,
a doula poderia nos acompanhar no apartamento e no centro obstétrico, mas não
na sala de pré-parto. “Mas o que acontece na sala de pré-parto?”, perguntei. “Ah,
é onde você fica esperando as contrações. Devido não termos estrutura física,você
vai ficar lá com mais uma ou duas mulheres na mesma situação e lá só entra uma
enfermeira para dar suporte.” Olha só que coisa mais linda! Bem na hora que a
gente precisa de apoio, de caminhar, de uma chuveirada morna e de uma boa massagem,
eles nos obrigam a ficar numa sala com três desconhecidas e deitada. Depois
disso, vai para o centro obstétrico, daí a doula poderia entrar. Já aproveitei
e perguntei do nitrato de prata em colírio que muitos hospitais deixaram de
usar como rotina, já que é indicado apenas para casos de parto normal que a mãe
tem gonorréia e mais alguma outra DST que não lembro. Esse colírio cega temporariamente
a criança, que já nasce com enxergando pouquíssima coisa. O pouco que ele vê, é
importantíssimo para criar o vínculo mãe + filho. Aqui ainda é rotina do
hospital, com muito pouco caso, se o pediatra estiver avisado que não é para
usar, eles não usam. Mas a princípio, todo mundo tem gonorréia.
Perguntei, também, qual é a rotina quando chega a mãe para
dar a luz, se já vão colocando soro. Isso porque não quero usar ocitocina
sintética (utilizada para intensificar e agilizar o trabalho de parto. Como diz
o nome, é sintética. O organismo já a produz e tem o seu tempo para tudo
funcionar), mas tem hospital que assim que a mãe chega já vai furando a veia
para colocar soro, simplesmente. Daí se precisar adicionar outra coisa, “fica
mais fácil”. Só que andar com um troço no braço e tendo que levar aquele suporte
não é nada fácil e se movimentar é muito importante para ajudar a aliviar as
contrações e fazer o trabalho de parto fluir.
O único ponto positivo: depois que o neném nasce fica só uns
30 minutos fazendo os procedimentos e vai direto para o nosso quarto. Fica lá
para sempre. Isso porque tem lugares que não deixam o bebê dormir no quarto da mãe,
ou demoram muito tempo para devolver a criança depois dos procedimentos do
berçário.
Resultado disso tudo: conseguimos a indicação de outro
médico que costuma ser mais maleável. Mas daí comecei a me questionar se não
era melhor simplesmente ter essa criança em casa, num lugar onde não precise
brigar com ninguém, no meu ninho, da forma que me sinto bem. Porque se o médico
tiver toda a boa vontade do mundo, ainda terão as rotinas do hospital. Vou
precisar fazer um plano de parto absolutamente restritivo e vai dar tanto
trabalho para aprova-lo que sinceramente não sei se estou disposta a isso. Porque
no final terei sempre a impressão de que estarão fazendo alguma coisa pelas
minhas costas.
* plano de parto: é uma lista de itens relacionados ao
parto, sobre os quais você pensou e refletiu. Isto inclui escolher onde você
quer ter seu bebê, quem vai estar presente, quais são os procedimentos médicos
que você aceita e quais você prefere evitar. (www.amigasdoparto.com.br/plano.html)
Se precisar de um atendimento cirúrgico, não vou pensar duas
vezes antes de ir a esse hospital. A estrutura é boa e fui muitíssimo bem
atendida, mas infelizmente não há estrutura e nem boa vontade para atender um
parto de normal com respeito. Quem sabe daqui a alguns anos. Quero muito
acreditar nisso.
Quem acha que vou mudar de médico levanta a mão! Acho que
vou esperar apenas passar essa virada de ano que deixa tudo mais difícil, daí
mudo e não vou falar de parto com ele, apenas fazer o pré-natal para saber que
continua tudo ok.
Mas Bruna, porque você simplesmente não faz uma cesariana
que é mais fácil?
Porque quero ter opção. Quero escolher o que acredito ser
melhor, não o que querem me enfiar goela abaixo por ser mais prático para quem
está me atendendo. SE tiver que fazer uma cesárea vai ser por necessidade REAL
para a minha saúde ou para a saúde do meu filho, não por comodidade.
Essa novela ainda vai render...
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Dor de estimação
Se você já está cansada (o) das minhas lamúrias doloridas,
pode pular este post. Já comentei algumas vezes, mas optei por fazer um só sobre
isso caso alguma gestante que esteja tão mal quanto venha parar aqui na busca
por uma solução desesperada, como já fiz.
Então que a partir da 18 semana de gestação comecei a sentir uma dor na lombar, do lado esquerdo. Começou de leve e não dei muita bola, porque a barriga estava mais crescidinha e todo mundo fala do peso dela, que grávida costuma ter problemas no ciático e talz. Foram duas semanas nas quais a dor foi aumentando bem de pouquinho, a ponto de ficar levemente travada. Ainda assim não dei muita bola, porque morava num prédio sem elevador. Eram 50 degraus todos os dias. Achei que fosse o esforço. Nessa época já nem ia mais à hidroginástica. Incomodava.
Mais ou menos pela 20 semana, nos mudamos para uma casa sem escadas e com mais espaço. O que era para ser ótimo marcou uma nova fase muito triste. Durante a mudança, nada de esforço. Só pegava os objetos médios e pequenos e encaixotava sobre uma mesa. Ainda assim, não deu. Na noite anterior à mudança, enquanto arrumávamos as últimas coisas, tive que deitar. Não agüentava de dor.
Nesse mesmo dia, à tarde, tive uma consulta com o GO que não deu muita bola para a dor, apesar de implorar para que me ajudasse... receitou buscopanDuo. Tomei a caixinha inteira e nada. A essa altura, a dor era na virilha, dava para perceber que era num nervo bem no meio, num lugar que não dava simplesmente para apalpar, mas já não conseguia mais subir escadas normalmente e mancava de leve para andar. Os piores movimentos eram de sentar e levantar. Se estava deitada e precisava levantar a perna esquerda, era impossível.
Nisso já tinham se passado três semanas de dores cada vez mais intensas. Meus dias se resumiam a ficar sentada ou deitada, sendo que para dormir na cama é loucamente pior. Cada vez que vou me virar dói absurdamente. E quando bate a vontade de xixi no meio da noite? Desesperador. É muito triste admitir isso, mas cheguei até a cogitar uma cesárea com 20 e poucas semanas, em plena madrugada e sentada no vaso sanitário. Sabe o que é uma pessoa que está movendo mundos e fundos para ter o parto mais natural possível cogitar uma cesárea assim? Desespero, minha gente, desespero.
Num dos piores dias de dor, implorei para a fisioterapeuta uma saída, ela ficou de conversar com meu GO. No mesmo dia que consegui uma consulta numa osteopata muito boa de Maringá, fiquei sabendo que a indicação do GO foi fazer uma infiltração de corticóide. Deu medo. Não quero dor, mas também não quero uma coisa tão forte assim que possa atingir o neném.
Optei pelo tratamento com a osteopata. Já fomos a duas consultas. A explicação para o problema é amplo. Provavelmente já tinha alguma coisa na coluna que não estava muito bem. Em uma situação normal, o corpo deixa passar, mas na gravidez, quando tudo fica no limite, agravou. O nervo que dói é o femural, junto com ele, toda a musculatura que está ligada à coluna, mais ou menos na altura da lombar e também vai para a perna. É uma situação adversa, então o músculo fica contraído o tempo todo (sabe uma cãibra permanente?), gerando ainda mais dor. É isso mais um monte de coisa.
Na primeira consulta ela manipulou várias partes do corpo, focando na coluna. Saí de lá com uma dor ardida na virilha. Mas disse ser normal, em dois ou três dias, melhoraria. E melhorou. Na mesma semana não tive tanta dor para sentar e levantar. Ainda mancando (e quando digo mancando não é de leve, é algo feio, que não me encoraja nem um pouco de sair na rua - nem aguento isso. Nos dias um pouco melhores, andar uma quadra precisa do mesmo esforço de uma maratona e no fim do dia rende aida mais dor), mas qualquer melhora já anima. Na semana passada fomos para uma segunda sessão. Ela mexeu mais na bacia e lombar. A consulta foi na quarta-feira passada (14) e infelizmente até agora não melhorou nada. Desde sexta-feira, se fico muito tempo sentada (o que antes era um alívio), na hora de levantar, a dor vem tão forte que aguento andar menos ainda. Para ajudar, agora também dói a lombar do lado esquerdo.
Irei atualizando este post conforme tiver alguma novidade. Espero que boa.
Pois bem... antes da gravidez, sempre fui uma pessoa
saudável, sem nenhum problema de saúde grave. Não tomava medicamento algum, só
tinha passado por uma cirurgia para retirada de um cisto no punho há muitos
anos e não tinha problema de coluna. Como qualquer pessoa normal, já tinha dado
uma escorregadinha para o lado, uma levantada de mal jeito que deixasse minhas
costas doloridas por pouco tempo. Mas sempre foi de leve. No dia seguinte
estava zero. A gravidez em si também vai bem. Pedro só que cresce, mexe loucamente e todos os exames estão super bons. Enjôos até o fim do primeiro trimestre, apenas. Agora só os pés inchados de leve, mas nada que atrapalhe.
Então que a partir da 18 semana de gestação comecei a sentir uma dor na lombar, do lado esquerdo. Começou de leve e não dei muita bola, porque a barriga estava mais crescidinha e todo mundo fala do peso dela, que grávida costuma ter problemas no ciático e talz. Foram duas semanas nas quais a dor foi aumentando bem de pouquinho, a ponto de ficar levemente travada. Ainda assim não dei muita bola, porque morava num prédio sem elevador. Eram 50 degraus todos os dias. Achei que fosse o esforço. Nessa época já nem ia mais à hidroginástica. Incomodava.
Mais ou menos pela 20 semana, nos mudamos para uma casa sem escadas e com mais espaço. O que era para ser ótimo marcou uma nova fase muito triste. Durante a mudança, nada de esforço. Só pegava os objetos médios e pequenos e encaixotava sobre uma mesa. Ainda assim, não deu. Na noite anterior à mudança, enquanto arrumávamos as últimas coisas, tive que deitar. Não agüentava de dor.
Nesse mesmo dia, à tarde, tive uma consulta com o GO que não deu muita bola para a dor, apesar de implorar para que me ajudasse... receitou buscopanDuo. Tomei a caixinha inteira e nada. A essa altura, a dor era na virilha, dava para perceber que era num nervo bem no meio, num lugar que não dava simplesmente para apalpar, mas já não conseguia mais subir escadas normalmente e mancava de leve para andar. Os piores movimentos eram de sentar e levantar. Se estava deitada e precisava levantar a perna esquerda, era impossível.
Ah! Esqueci de falar, mas quando a dor ainda estava mais
leve, experimentei tomar paracetamol 500mg. Não fez nem cócega.
Estava sem posição. De todos os jeitos doía. Sentada,
deitada, em pé, movimento era pior ainda. Como estava longe de conseguir algum
efeito positivo, bateu um desespero. Minha mãe conversou com a médica dela que
indicou citoneurin 500. É basicamente vitamina, mas tentei também e nada. Num
blog de gestantes, vi que é comum grávidas terem dor pélvica, mais que dor
ciática, devido ao reposicionamento da pelve proporcionado pelos hormônios que
deixam nossas juntas mais “frouxas”. O mesmo blog falava de exercícios leves,
alongamentos e tal. Tentei em vão fazer algum alongamento em casa. Não dava. O
GO indicou 10 sessões de fisioterapia que eram compostas de leves alongamentos
e um tempo de aparelho de choquinho leve. Impossível fazer mais que isso sem
atingir o bebê. Resolveu? Não. Dava um LEVE alívio por mais ou menos uma hora.
Só.
Nisso já tinham se passado três semanas de dores cada vez mais intensas. Meus dias se resumiam a ficar sentada ou deitada, sendo que para dormir na cama é loucamente pior. Cada vez que vou me virar dói absurdamente. E quando bate a vontade de xixi no meio da noite? Desesperador. É muito triste admitir isso, mas cheguei até a cogitar uma cesárea com 20 e poucas semanas, em plena madrugada e sentada no vaso sanitário. Sabe o que é uma pessoa que está movendo mundos e fundos para ter o parto mais natural possível cogitar uma cesárea assim? Desespero, minha gente, desespero.
Num dos piores dias de dor, implorei para a fisioterapeuta uma saída, ela ficou de conversar com meu GO. No mesmo dia que consegui uma consulta numa osteopata muito boa de Maringá, fiquei sabendo que a indicação do GO foi fazer uma infiltração de corticóide. Deu medo. Não quero dor, mas também não quero uma coisa tão forte assim que possa atingir o neném.
Optei pelo tratamento com a osteopata. Já fomos a duas consultas. A explicação para o problema é amplo. Provavelmente já tinha alguma coisa na coluna que não estava muito bem. Em uma situação normal, o corpo deixa passar, mas na gravidez, quando tudo fica no limite, agravou. O nervo que dói é o femural, junto com ele, toda a musculatura que está ligada à coluna, mais ou menos na altura da lombar e também vai para a perna. É uma situação adversa, então o músculo fica contraído o tempo todo (sabe uma cãibra permanente?), gerando ainda mais dor. É isso mais um monte de coisa.
Na primeira consulta ela manipulou várias partes do corpo, focando na coluna. Saí de lá com uma dor ardida na virilha. Mas disse ser normal, em dois ou três dias, melhoraria. E melhorou. Na mesma semana não tive tanta dor para sentar e levantar. Ainda mancando (e quando digo mancando não é de leve, é algo feio, que não me encoraja nem um pouco de sair na rua - nem aguento isso. Nos dias um pouco melhores, andar uma quadra precisa do mesmo esforço de uma maratona e no fim do dia rende aida mais dor), mas qualquer melhora já anima. Na semana passada fomos para uma segunda sessão. Ela mexeu mais na bacia e lombar. A consulta foi na quarta-feira passada (14) e infelizmente até agora não melhorou nada. Desde sexta-feira, se fico muito tempo sentada (o que antes era um alívio), na hora de levantar, a dor vem tão forte que aguento andar menos ainda. Para ajudar, agora também dói a lombar do lado esquerdo.
A novela está longe de acabar, pelo jeito. A osteopata disse
que quer resolver o meu caso até o fim de ano. Ou seja, mais duas semanas.
Quero muito, mas muito acreditar no tratamento dela que não envolve química
nenhuma, mas está difícil. Hoje mesmo é um dos dias desesperadores. Se até o
dia 5 o negócio estiver desse jeito, infelizmente vou ter que partir para o
corticóide. É uma péssima saída, mas se sentir uma pessoa inválida e não
conseguir curtir este lindo momento que é gerar uma vida, é igualmente ruim.
Irei atualizando este post conforme tiver alguma novidade. Espero que boa.
domingo, 18 de dezembro de 2011
26 semanas
Nesta etapa da gravidez, se pudesse ser medido, o bebê teria
algo em torno de 36 centímetros (grandinho, neh?! Tem bebê que nasce com 40cm). Os olhos estão começando a abrir. Ele
responderá melhor a sons mais no finalzinho do sétimo mês, quando a rede de
nervos que se estende até o ouvido estiver completa.
Ele escuta seus batimentos cardíacos e se sente tranquilo.
(ou agitado, se acontecer alguma coisa, neh?! Por isso que é importante estar sempre zennnnnnnnn) Se à noite ele se mexe mais, experimente cantar uma música de ninar. É possível
que ele se acalme. (os horários de maior movimentação são à tarde e à noite, mas durante a tarde, fica bem mais espertinho. Ontem cedo, dei uma espiada na barriga e tinha um calombo do lado esquerdo. Acho que é devido à posição dele... é engraçado!) Quanto à respiração, o pulmão continua se exercitando,
inspirando líquido amniótico. Assim, quando nascer, o bebê terá um ótimo fôlego
para tudo, inclusive chorar.
A partir de agora até a hora do nascimento, o peso do seu
filho triplicará, já que nas próximas semanas ele vai acumular gordura bem mais
rapidamente. O bebê precisa de gordura para poder se ajustar à temperatura mais
fria que o lugar tão quentinho em que está neste momento. (gordurinhas do bem =D) Além disso, a gordura será fonte de energia e calorias nos
primeiros dias de vida. É comum que recém-nascidos, especialmente os que mamam
no peito, percam peso na primeira semana depois de nascer.
Como fica sua vida
Você está se aproximando da reta final -- o terceiro
trimestre. Antes que possa imaginar, vai estar segurando seu bebê no colo. (loucura! Parece que foi ontem que tudo começou)
Nesse período, algumas mulheres têm um leve aumento da
pressão arterial, o que é normal. Mas, se seu peso subir muito, sua visão ficar
embaçada e seus pés e mãos incharem de repente, pode ser que você esteja com
pré-eclâmpsia. Ligue para seu médico imediatamente ou procure um pronto-socorro
se perceber qualquer um desses sintomas. (por enquanto só um inchacinho normal)
Nesta semana, é possível que o obstetra peça o teste de
glicemia pós-prandial, que avalia como o seu organismo se comporta na hora de
processar o açúcar dos alimentos. Essa avaliação serve para detectar o diabete
gestacional, um problema que atinge 10% das grávidas e, geralmente, desaparece
depois do parto. (próxima consulta é amanhã. Veremos quais serão as observações) Vamos a outros assuntos mais gostosos. A vida sexual não
precisa parar à medida que a barriga cresce. Ao contrário, é uma boa ocasião
para descobrir novas posições e prazeres. (Ha! Junte barrigão com dores na perna e coluna. Precisamos ser quase mágicos para encontrar posições adequadas. Mas é possível, viu ;)
Fonte: relatório semanal de http://brasil.babycenter.com e
http://bebe.abril.com.br
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Três coisas
Anota aí, três coisas que nos acompanham desde a 23 semana
(não sei como colocar o azinho neste teclado):
Sono – já dormia bem antes, mas agora está no estilo pedra.
Tirando que preciso acordar cada vez que me viro na cama, devido à dor na
perna, durmo que é uma maravilha. Mas é durante a noite. De dia no máximo um
cochilinho de 20 minutos. Vou para a cama o mais cedo possível. Quando dá para
ser às 21h30, é óoooooootemo. Mas não passo das 7h30, porque dá fome e vontade
de fazer xixi =)
Apetite – desde o início da gestação, meu apetite tinha
diminuído consideravelmente, primeiro pelos enjôos e depois porque ficou pouco,
mesmo. Agora deu uma aumentadinha. Redobrei a vigilância, porque agora que o
neném está ganhando peso, é facinho a mamãe também extrapolar. Ainda não chegamos
aos pratos de caminhoneiro.
Sede – um pouco pelo calor que anda fazendo, mas tem horas
que é desesperador. Tomo água de copo cheio e antes tinha o costume de encher
não mais que meio copo. São vários durante o dia. Chega a dar raiva, mas às
vezes termino de engolir o último gole e já seca a boca novamente. Ainda bem
que não se usa mais aquele filtro de barro que tem que encher, senão não ia
render!! heheheh
domingo, 11 de dezembro de 2011
25 semanas
Mesmo sem ar nos pulmões, seu bebê começa a fazer alguns
exercícios de respiração. Por outro lado, os cinco sentidos estão se
desenvolvendo com rapidez.
Tomografias do cérebro de fetos nesta fase mostram que os
bebês respondem ao toque. Você pode até brincar, tentando mexer no pé dele
quando ele der um chute, ou deitando de barriga para cima e rolando de um lado
para o outro, para ver como ele reage (que legal! Vou experimentar da próxima vez que ele estiver mexendo. Já virar na cama é meio impossível devido à perna). As pálpebras do bebê já se abrem e o
coração bate forte. Especialistas afirmam, ainda, que, se uma luz for colocada
diante da barriga das mães, eles tendem a virar a cabeça -- o que, segundo
especialistas, indica o funcionamento do nervo óptico (ele já podia reconhecer dia e noite e entender que noite é para dormir, neh?!).
A cada dia que passa, seu filho se parece mais com o
recém-nascido que será daqui a alguns meses. O cabelo já tem cor e textura,
embora depois do nascimento elas possam mudar. Bebês que nascem com cabelo
escuro muitas vezes depois ficam com cabelo claro e vice-versa (hum... então já passou da fase de tomar formol pra ver se ele já nascia com progressiva =P).
Como fica sua vida
Seu sono provavelmente não anda muito reconfortante devido a
sonhos intensos ou a pesadelos. Isso é bem normal, já que, ao dormir, seu
subconsciente vira o espaço para dar vazão a temores sobre a gravidez e seu
futuro papel de mãe (gente, não estou tendo mais sonhos malucos. Sono super tranquilo).
Além disso, a barriga maior torna difícil encontrar uma
posição confortável na cama (só tenho duas opções: barriga para cima e do lado direito, o esquerdo dói e de bruços está fora de cogitação há muito tempo).
É recomendável começar a criar o hábito de dormir de lado
(caso você ainda não faça isso). Travesseiros são seus grandes amigos, por isso
use vários: entre as pernas, embaixo da barriga, na lateral ou onde eles a
deixarem mais confortável (daí você manda o marido dormir no sofá, porque 500 travesseiros mais duas pessoas numa cama é meio difícil).
Ontem você estava irritada, hoje acordou alegre e, de
repente, sentiu vontade de chorar? Não se assunte, é assim mesmo. Todas as
gestantes experimentam a sensação de estar com as emoções intensificadas e o
humor oscilante. Sintomas esperados, já que os hormônios estão em ebulição no
seu organismo (acontece, não vou mentir, mas estou para dizer que estamos no nível normal de mudanças bruscas. No começo da gestação foi muito pior). Para se sentir melhor, alimente-se bem e tente proporcionar a
você mesma boas noites de sono. Para isso, evite as bebidas com cafeína, como o
café, o chá preto e os refrigerantes à base de cola. Essas substâncias podem
deixá-la mais ansiosa e, ainda, piorar o seu humor. Uma boa dica é não abrir
mão de fazer uma atividade física - vale até mesmo uma caminhada leve. Isso
ajudará, inclusive, na melhora da autoestima, que constantemente precisa de um
reforço. Exercitar-se também aprimora o sistema imunológico, que costuma ter
oscilações na gestação, e serve como mais uma forcinha para evitar gripes e
desânimo.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Mais uma espiadinha
Fizemos mais um ultrassom esta semana. Estávamos curiosos,
porque o último foi em outubro. Como mudamos de médico, acabou demorando um
pouco mais. E ultra é super importante para a gente, porque é a chance de você
visualizar um serzinho ao qual você dedica muito amor, mas não tem a chance de
pegar... isso faz falta, por enquanto =)
Considerações: nosso neném é lindo (ah! Novidade!), tem todos os dedinhos, todas as medidas dentro do padrão e ficou incomodado com o tanto que o médico cutucou o coitado. Calma, Pedro. Mais três meses e termina tudo isso, tá?!
Daí que foi morfológico. O neném já está grandão e não rolou
dizer o comprimento total dele. Mas temos o resultado por partes, hehehe
Uma parte interessante foi quando o médico queria achar os
pezinhos do Pedro e veio com o aparelho onde? No meu estômago!!!! Quase falei, “ei,
o útero é mais para baixo”. Uma loucura você pensar que uma criaturinha está te
reorganizando inteira para crescer num espaço que anteriormente não existia.
E sabe quanto o Pedro está pesando? Aproximadamente (tem
variação de 15%) 785g! Claro que sempre sabemos que um neném de três ou quatro
quilos e poucos precisa passar por todos os pesos anteriores, mas ficamos meio
chocados a cada “pesagem”. Parece que foi ontem que ele pesava 50g... Ou seja, estou carregando quase um quilo de neném
nessa barriga redondinha.
As imagens até vou colocar, mas já peço desculpas pela definição.
Esse outro lugar não tem tanta qualidade quanto o que estávamos anterioremente.
Vou experimentar uma outra clínica na próxima.
Para começar, ele estava nessa posição, a melhor de todas. Espero que continue assim para facilitar ainda mais o nosso parto.
Carinha do Pedro. A da esquerda, tá?! O superman e só para vocês entenderem o ângulo da imagem.
À esquerda, o abdome, com 21cm de circunferência. A direita, o crânio com 23,5cm de cirunferência. Como neném é um negocinho cabeçudo!!
Minha imagem preferida: a coluninha. À direita, a bexiga, que como bom filho da Bruna, funciona que é uma loucura.
Posso com um fêmur que mede 4,3cm? À direita, mais uma checada para garantir que é um menino. Imagina agora depois de chá de bebê e nome escolhido, descobrirmos que é uma menina?! Seria uma reviravolta engraçada.
Pezinhos. Cada flechinha é um dedo (mini).
Olha os dedinhos das mãos, que fofuras!
A imagem mais engraçada foi essa: o crânio visto de cima (coloquei a imagem da direita para entenderem o ângulo) com os dois nozinhos que dão origem às orelhas. Juro que na hora do exame pareceu a carinha do Shrek =)
Considerações: nosso neném é lindo (ah! Novidade!), tem todos os dedinhos, todas as medidas dentro do padrão e ficou incomodado com o tanto que o médico cutucou o coitado. Calma, Pedro. Mais três meses e termina tudo isso, tá?!
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Wrap sling – ok
Olha a cara vermelha da pessoa que acabou de chegar da rua e vai enlouquecida se enrolar no pano e juntar a gata de qualquer jeito para fazer foto. Mas deu certo, tirando a parte de ficar com as mãos livres, já que a Cleozinha estava louca para sair daí. De certo por isso que aconselham o uso com crianças e não felinos...
Não, querida leitora ou querido leitor, você não está tendo
um dejavu. Mesmo porque no outro post, o personagem era o Tevez.
Daí que resolvi adquirir um wrap sling, também. Quando pesquisava
para comprar o de argola, vi o wrap e achei o cúmulo do negócio sem prática.
Mudei de idéia. Li um montão, vi que nele o bebê fica beeeeeeem coladinho e
firminho. O de argola fica para pequenos usos e o wrap assume o cargo
inteirinamente. É tranquilo de amarrar. Me enrolei um pouco, já que foi a primeira vez, mas ainda assim foi rapidinho.
Comprei da Sun Kepina
que é de uma obstetriz alemã de Florianópolis que foi mega atenciosa. Mandou
até um cartãozinho para o Pedro. Para quem quiser conhecer mais sobre o
assunto, fica a dica do Slingando
que tem muita coisa legal sobre os slings e artigos sobre maternidade em geral.
Li todos (pouco compulsiva!).
Só para encerrar, peguei lá do Slingando alguns benefícios
do sling:
Os Bebês que são carregados…
- Choram menos! (43% menos no total e 54% menos durante as
horas do dia)
- São mais saudáveis! (ganham peso mais rápido, tem melhor
habilidade motora, coordenação, maior tonificação muscular e senso de
equilíbrio)
- Tem uma melhor visão do mundo! (bebês em carrinhos vem o
mundo a altura dos joelhos de um adulto)
- Dá mais segurança . O bebê tem acesso a comida, calor e
amor.
- Ganham independência mais rapidamente! - Dormem melhor! (mais rapidamente e por períodos mais longos)
- Aprendem mais! (não são super-estimulados, mais calmos e
alertas, observando e participando do mundo ao seu redor)
- São Mais felizes! (se sentem mais amados e seguros)
Carregar seu bebê…
- Melhora a comunicação entre os dois, já que você se
sintoniza com os gestos e expressões dele.
- Cria pais mais auto-confiantes. Não há nada melhor que ter
um bebê calmo e contente graças a que você sabe atender suas necessidades.- É conveniente . Não há incomodidades nem complicações como ter que carregar um bebê-conforto num braço e o bebê no outro.
- Facilita a locomoção. Você pode caminhar por calçadas e terrenos irregulares, ruelas estreitas, subir e descer escadas, entrar a locais com muita gente sem bater em ninguém com o carrinho, etc.
- É saudável para você. Permite você sair para caminhar e respirar ar puro!
- Amamentação discreta sem necessidade de buscar um lugar apropriado para sentar.
- Permite você interagir com outras crianças ou filhos e ainda assim manter seu bebê perto e seguro.
- Mãe e bebê podem sair de casa juntos! Você pode ir a qualquer lugar com seu bebê seguro e acolhido.
- Suas mãos estão livres. Você pode fazer compras, caminhar, passear, ler um livro, brincar com o seu filho maior ou ainda sair para um lindo almoço na cidade.
- É a solução natural para o sono do bebê. Você acalma e agrada seu bebê com seu calor, sua voz, seus movimentos e o batimento de seu coração.
domingo, 4 de dezembro de 2011
24 semanas ou 6 meses
Desde a semana passada, o bebê engordou cerca de 90 gramas(única fase da vida em que cada grama conquistado é comemorado). Ele já tem 21 cm, mas pesa pouco, cerca de meio quilo (está bom para quem pesava 30g há um tempinho). A pele dele é fina e frágil, mas o corpo está tomando forma e ocupando cada vez mais espaço dentro do seu útero (percebeu a diferença da figura desta semana? O coitado está apertado!).
Nesta fase, o bebê pode até estar desenvolvendo um fraco por doces. As papilas gustativas estão se formando e esse gosto pelo doce faz parte do processo (ai neném, pelo seu bem, goste moderadamente, não seja como a mamãe. Nem estou consumindo muito doces para não desandar tudo).
Outro grande marco desta etapa é a possibilidade de o bebê agora sobreviver, com muitos cuidados especiais, num hospital bem-equipado, no caso de um parto prematuro. Ele se torna, então, um bebê "viável". Ai gente, fico tão, mas tão aliviada de chegar a essa fase... claro que prefiro que o Pedro nasça com 40 semanas, completinho, mas só de saber que ele já pode sobreviver caso aconteça alguma coisa, é um conforto muito grande.
Os pulmões começaram a produzir o surfactante, uma substância responsável por garantir que ele consiga respirar sem problemas nos primeiros momentos fora da barriga da mamãe e, assim, ter fôlego extra para abrir o berreiro. (uma coisa que descobrimos nos encontros do Gesta: sabe o famoso berreiro que o neném faz quando nasce? Então, quando o neném nasce bonzão, daí esperam de 3 a 5 minutos até o cordão parar de pulsar e ele receber os últimos tantos de oxigênio e sangue, o pulmãozinho dele vai se acostumar aos poucos a ter que funcionar e dificilmente vai chorar, no máximo dar uma resmungadinha. Mas, infelizmente, a prática mais comum é o neném ser tirado e já clampearem e cortarem o cordão, daí para o pulmão é como se uma bexiga fosse inflada de uma vez, sabe?! Isso dói, daí ele chora, mas é um trauminha que poderia ser evitado com boa vontade e conversa com a equipe médica. Ah! Mais uma coisa: tem um estudo que diz que esperar pelo menos 3 minutos para cortar o cordão, pode contribuir para o neném ter menos anemia. Bom, neh?!)
Sua gravidez
É bem possível que você esteja esbarrando nas coisas ao seu redor e, às vezes, calculando, erroneamente, que irá passar numa brecha quando, na verdade, acaba se apertando mais do que esperava. Normal! Nos últimos dias, sua barriga cresceu e seus quadris se alargaram, sinais de que seu corpo está se adaptando para acomodar um bebê cada vez maior e se preparando para o parto.(a pior de todas foi num dia que tive que passar entre um caminhão e uma portona. Jurei que passava e não deu certo. Estava com uma bata branca e fiquei com a barriga e s peitos sujos de barro. Bem lindo!)
Nesta fase, algumas mulheres sentem tonturas ao se levantar rapidamente. Pode ser a chamada hipotensão postural, uma queda na pressão que faz o sangue descer do cérebro rapidamente devido à força da gravidade. Converse sobre o assunto com seu obstetra. Em alguns casos, as tonturas podem denunciar problemas como anemia e alterações nos níveis de açúcar do sangue. (isso ainda não tenho, não, mas por favor, não precisa ter todos os sintomas de uma vez, neh?!) E como é que anda a seleção de roupas para o pequeno? Já está mais do que na hora de ir às compras. Quando voltar para casa cheia de sacolas, faça um escalda-pés para relaxar. Você merece! (olha, sinceramente, acho que o enxoval do nosso neném está completo. Tem bastante roupinhas, mil fraldas de todos os tamanhos... acho que só falta a banheira, mesmo)
Estrias avermelhadas podem aparecer na sua barriga, coxas, bumbum e seios. Muitas mulheres também reclamam de coceira na pele. Estrias são típicas desse estágio da gravidez e costumam ficar mais discretas e com um tom mais próximo da própria pele depois do parto. E sempre há a chance de você ser uma das sortudas que passam incólumes pela gravidez, sem estrias. Sua mãe tem? A hereditariedade infelizmente é um dos fatores determinantes para o surgimento de estrias. (meu segundo nome é estria. Faz as contas: engordei 3k até agora. 10% foram para a barriga, o resto se concentrou nas coxas. Resultado: uma superfície lindamente rendada. Além disso tem um pouco nos seios e bem pouquinho na lateral da barriga. Passo creme, óleo, todas as melecas disponíveis, mas quando o corpo está no limite, é difícil, mesmo)
Os olhos tendem também a ser mais sensíveis à luz e a ficar mais secos, um sintoma perfeitamente normal da gestação -- embora menos conhecido. Para melhorar o desconforto, pingue uma solução de lágrimas artificiais que pode ser encontrada nas farmácias. (olha, o que senti até agora é que às vezes acordo com o olho meio irritado, como se fosse uma conjuntivite leve. Daí pingo um colírio light e boa)
Fonte: relatório semanal de http://brasil.babycenter.com e http://bebe.abril.com.br
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Partimos do nosso princípio
Há um tempo, prometi uma postagem sobre a nossa visão do
parto. Então cá estamos nós.
Na verdade, a única coisa que me dá uma leve preocupação até agora é essa dor na virilha que com cinco meses já atrapalha a minha vida. Temo que mais para frente ela possa atrapalhar o nosso parto, mas não tem muito como prever...
O outro lado disso tudo é o profissional que vai estar junto com a gente na hora do vamos ver. Se você tem a felicidade de morar numa cidade com uma casa de parto ou com um médico que seja super a favor do parto normal, que bom! Você é uma pessoa muito feliz. Agora, se é como a maioria das mulheres que quando fala de parto normal para o seu obstetra percebe um semblante de “ixi... vai me dar dor de cabeça”, seja bem vinda ao nosso grupo.
Na verdade mudamos de médico agora mesmo. No quinto mês. Por dois motivos: o anterior era de uma cidade há 90km de distância e além de ficarmos muito desgastados a cada vez que íamos a uma consulta, ele foi um pouco menos receptivo AINDA ao parto normal. Juntamos isso com os encontros do Gesta Maringá, muita informação e pesquisa sobre a estrutura do Hospital Santa Casa de Campo Mourão que está com UTI neo natal (que a gente nunca quer usar, mas fica mais tranqüilo de saber que existe), nos fortalecemos e resolvemos procurar um profissionall na nossa cidade. Tive boas indicações do nosso atual médico. Fomos a apenas uma consulta, mas foi a mais franca de todas. Falei tudo o que penso sobre o parto, todo o processo, a busca de informação, sobre como espero que ele entenda isso e não me ache uma tapada que digita qualquer coisa no Google. No começo o coitado levou um susto, mas compreendeu em seguida. Não prometeu desde já um normal, como já era esperado. Claro que disse que vamos trabalhar para isso. Já está suficiente. Difícil esperar milagre. Estou pensando em conversar com uma doula de Maringá (em Campo Mourão não tem) para nos acompanhar, mas essa ideia ainda precisa ser discutida aqui em casa.
Bruna, você está falando tudo isso, mas e se precisar fazer uma cesárea? Como vai ser? Vou ficar um pouco triste, mas se PRECISAR fazer vai ser pelo bem do neném. Espero que me dêem uma justificativa muito boa e não me venham com historinhas do tipo “o cordão está enrolado no pescoço”. Já sei que esse tipo não cola.
Mas o importante é ter o Pedro são e salvo nos nossos braços. Quem sabe a gente consiga protagonizar uma foto tão linda quanto esta, que é a mais linda de todas que já vi e me deixou absolutamente emocionada, pelo olhar do bebê:
Tirei do blog do fotógrado Cleber Massao
E deixo alguns blogs para quem quiser ler sobre o assunto:
http://gestavida.blogspot.com/
http://www.mamiferas.com/
http://gestalondrina.blogspot.com/p/grupos-gestaparana.html
http://www.partodoprincipio.com.br/
http://www.amigasdoparto.com.br
Pois bem, quando descobri a gravidez me embrenhei no mundo
materno. Concepção, desenvolvimento e tudo mais. Há alguns anos, não teria
dúvidas em dizer que faria cesárea SE tivesse um filho. Isso porque tinha uma visão
bem distante e fria do processo materno. Mas isso mudou bastante. Logo no
início descobri vários sites de ONGs que visam maior divulgação e desmistificação
do parto normal. Fui convencida. Para começar, é o processo mais natural. As
mulheres parem há anos e anos da mesma forma. Claro que nem todas as
experiências do normal são felizes, assim como as cesáreas, assim como qualquer nascimento, assim como qualquer coisa na vida. Mas felizmente hoje temos muito mais
acesso ao conhecimento, possibilidade de fazer um pré-natal completo e uma rede
hospitalar mais estruturada.
Só pra constar que minha mãe teve duas cesáreas e a mãe dela teve experiências ruins com parteiras. Então imagina o apoio recebido...
Mas os motivos, no fim das contas foram: NÃO é uma cirurgia,
NÃO precisa cortar sete camadas da minha pele e me encher de pontos (por mais
que a cicatriz hoje em dia seja bem menor), NÃO precisa daquela anestesia chata
e dolorida para caramba, a recuperação é rapidíssima. Quando muito no dia
seguinte e se tudo correr bem, você tá nova. O neném tem a oportunidade de ser
agente do parto e nasce a hora que ele quiser, não quando a agenda permitir.
Ah, mas PODE ser necessário fazer episiotomia (pontinhos na vagina para
facilitar o caminho de nenéns maiores). Sim. PODE ser que sim, PODE ser que não
e se ocorrer, é coisa pouca e relativamente simples. Tá, mas e a dor? E as
temidas contrações? Bem, isso varia de pessoa para pessoa. Tem mulher que
espirra e o neném sai, tem outras que sofrem para caramba. Como saber qual será
o nosso caso? Não tem como saber. Você faz uma escolha e se mantiver sua posição
com firmeza e segurança, também vai se preparar com antecedência. Além disso,
há massagens e técnicas para diminuir a dor e se você tem a felicidade de estar num
ambiente com pessoas queridas e te apoiando e tiver informação do que está
acontecendo com você passo a passo, não só o geralzão, pode ter certeza que a percepção
da dor vai ser diferente.
Gente, por favor, estou falando da nossa decisão, da nossa
opinião e também somos inteligentes o suficiente para saber que em alguns casos
a cesareana pode ser fundamental para salvar vidas tanto da mãe quanto do
filho. Consideramos que vamos estar saudáveis e super bem para o tão esperado
dia, então se a sua decisão for por cesárea, respeito, desde que você respeite
a minha decisão também, ok!?Na verdade, a única coisa que me dá uma leve preocupação até agora é essa dor na virilha que com cinco meses já atrapalha a minha vida. Temo que mais para frente ela possa atrapalhar o nosso parto, mas não tem muito como prever...
O outro lado disso tudo é o profissional que vai estar junto com a gente na hora do vamos ver. Se você tem a felicidade de morar numa cidade com uma casa de parto ou com um médico que seja super a favor do parto normal, que bom! Você é uma pessoa muito feliz. Agora, se é como a maioria das mulheres que quando fala de parto normal para o seu obstetra percebe um semblante de “ixi... vai me dar dor de cabeça”, seja bem vinda ao nosso grupo.
Na verdade mudamos de médico agora mesmo. No quinto mês. Por dois motivos: o anterior era de uma cidade há 90km de distância e além de ficarmos muito desgastados a cada vez que íamos a uma consulta, ele foi um pouco menos receptivo AINDA ao parto normal. Juntamos isso com os encontros do Gesta Maringá, muita informação e pesquisa sobre a estrutura do Hospital Santa Casa de Campo Mourão que está com UTI neo natal (que a gente nunca quer usar, mas fica mais tranqüilo de saber que existe), nos fortalecemos e resolvemos procurar um profissionall na nossa cidade. Tive boas indicações do nosso atual médico. Fomos a apenas uma consulta, mas foi a mais franca de todas. Falei tudo o que penso sobre o parto, todo o processo, a busca de informação, sobre como espero que ele entenda isso e não me ache uma tapada que digita qualquer coisa no Google. No começo o coitado levou um susto, mas compreendeu em seguida. Não prometeu desde já um normal, como já era esperado. Claro que disse que vamos trabalhar para isso. Já está suficiente. Difícil esperar milagre. Estou pensando em conversar com uma doula de Maringá (em Campo Mourão não tem) para nos acompanhar, mas essa ideia ainda precisa ser discutida aqui em casa.
Bruna, você está falando tudo isso, mas e se precisar fazer uma cesárea? Como vai ser? Vou ficar um pouco triste, mas se PRECISAR fazer vai ser pelo bem do neném. Espero que me dêem uma justificativa muito boa e não me venham com historinhas do tipo “o cordão está enrolado no pescoço”. Já sei que esse tipo não cola.
Mas o importante é ter o Pedro são e salvo nos nossos braços. Quem sabe a gente consiga protagonizar uma foto tão linda quanto esta, que é a mais linda de todas que já vi e me deixou absolutamente emocionada, pelo olhar do bebê:
http://www.mamiferas.com/
http://gestalondrina.blogspot.com/p/grupos-gestaparana.html
http://www.partodoprincipio.com.br/
http://www.amigasdoparto.com.br
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