quarta-feira, 11 de julho de 2012

Conversa com Deus

è Não se preocupe, essa não é uma corrente daquelas que enviam por email

Oi Deus! Tudo bom?

Sabe o que é? Estava pensando como foi quando o senhor criou o Adão e a Eva lá no paraíso. Trabalho danado de bem feito, hein?! A natureza, o ser humano, tudo funciona direitinho (ou funcionava até a gente começar a estragar). Mas arrisco dizer que não foi tão difícil assim. Calma, calma! Foi uma baita de uma obra e eu certamente não conseguiria fazer nem metade com a sua perfeição. Mas é que era só o senhor, né?! Ninguém para falar “faz assim, faz assado”, “põe mais uma perna”, “capricha mais nessa costela”, “ah, mas vai deixar desse jeito? Cria pelo menos uma meinha pro pé deles”.

Caso o senhor ainda não tenha pegado o que quero dizer, é o seguinte: por que o senhor criou os palpiteiros? Sério mesmo. Até as baratas tem função na nossa cadeia alimentar, mas qual é a função dos palpiteiros?

Acho uma puta falta de sacanagem, porque na gestação além de todo aquele turbilhão de hormônios te deixando enjoada, enorme, desajeitada, ainda é preciso ouvir gente dando palpite. Daí o neném nasce e pronto! Triplica! Como se você não fosse capaz de cuidar de uma criatura que saiu do seu ventre.

Claro que a experiência das nossas mães é muito importante. Elas já tiveram um, dois, três filhos, já tiveram que cuidar de crianças no tempo que os recursos eram bem limitados em relação à atualidade. Mas custava o senhor ter colocado uma pitadinha de freio para que as pessoas (nossas mães, mães dos outros, quase mães, pessoas não mães) só falassem quando fossem solicitadas?

Tem gente que parece precisar falar, de qualquer jeito, o que quer que seja, só para [des]contribuir. “Ah, mas não é assim que se passa hipoglós” “Mas você não vai usar chupeta? Coitadinho!” “Desse jeito está errado, faz assim” "Põe mais uma mantinha [calor de 30º lá fora]" "Ele não está com sede? [choro do neném antes dos seis meses, quando você já avisou que a amamentação será exclusiva]" e blá blá blá.

Por isso inventaram a cara de alface.

Até o Pedro faz cara de alface


Como não estou afim de ser xingada, aviso que valorizo muito a experiência das nossas mães. Aproveito ao máximo os conselhos da minha, sempre aliados ao conhecimento mais aprofundado da atualidade. Mas conselho de coração é bem diferente de palpite enxerido. 


A Melina, do Jardim Divino, fez uma postagem bem boa com muitos pitacos desnecessários. Dá uma passadinha lá e confira Etiqueta ou manual do bebê para visitas

4 comentários:

  1. Hahahahahaha!
    Muito bom Bruna.
    Talvez os palpiteiros sejam o verdadeiro castigo pelo pecado original.
    Beijos - e até fazendo cara de alface seu filho está muito fofo. Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!! Comigo foi assim, na verdade é até hoje hahaha!!! Vou mandar o link para uma amiga que acabou de ter bebê!!

    ResponderExcluir
  3. é o que penso: sabedoria e troca experiência são sempre bem vindas. pitaco, palpite aaaaaaaaaaaaaah, vê se me erra!
    e concordo com a genetriz: até com cara de alface o pedro fica lindo!

    ResponderExcluir
  4. "Vc vai cortar as unhinhas dele??? mas são tããão pequenas... pq vc não 'assopra'?"
    "O bebê tá mto 'preso', coitadinho... tá apertado nessa mant, solta ele."
    "Ah, mas pq vc não dá banho de picão! é a melhor coisa pra curar esse amarelado da pele dele, minha neta tomava banho de picão e foi a melhor coisa..."
    "Viu, dê erva-doce com açúcar (!!!) que acalma logo a cólica..."

    Que vontade de mandar plantar chuchu no muro...

    ResponderExcluir